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Pirata cai em armadilha ‘hollywoodiana’ e acaba preso na Bélgica

Conhecido como um dos mais temidos saqueadores somali, Mohamed Abdi Hassan foi preso por acreditar que teria sua vida retratada em um filme

Por Da Redação
17 out 2013, 13h58

A operação que culminou na prisão na Bélgica do pirata Mohamed Abdi Hassan, um dos criminosos mais temidos da Somália, parece ter saído do roteiro de um blockbuster de Hollywood. Cientes de que um mandato de busca internacional não surtiria efeitos na caótica Somália, autoridades belgas disfarçaram agentes de produtores de cinema para convencer Hassan de que um filme sobre sua vida seria rodado em Bruxelas. Após acreditar na falsa proposta para auxiliar na produção, o pirata voou até a cidade no sábado. E foi preso no próprio aeroporto.

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O contato entre Hassan e os policiais disfarçados foi estabelecido através de um homem chamado Tiiceey, que assessorava o pirata. “Depois de iniciar um relacionamento de confiança com Tiiceey, e com Hassan, em uma operação que durou meses, ambos se prepararam para participar do projeto”, disse o promotor federal, Johan Delmulle, ao jornal The Independent. Apelidado de ‘Boca Grande’, o pirata tomou um avião no Quênia crente de que coordenaria as filmagens do longa-metragem nos bastidores. Mas, assim que pisou no Aeroporto Internacional de Bruxelas, Hassan foi supreendido pelos guardas e levado junto de Tiiceey sob custódia.

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“Ele é um dos líderes piratas mais importantes e infames, responsável por sequestrar dezenas de embarcações comerciais entre 2008 e 2013”, disse Delmulle. Segundo o promotor, a operação foi iniciada pelas autoridades após a prisão de dois homens que participaram do sequestro de um navio belga em 2009. A intenção das autoridades era punir os verdadeiros responsáveis pelo crime, e não os lacaios que foram designados para a ação. “Essas pessoas ficam ricas e se escondem enquanto outros fazem o trabalho sujo delas”, acrescentou Delmulle.

De acordo com a rede BBC, Hassan disse em janeiro que havia renunciado aos crimes, após oito anos de pirataria. Um relatório da ONU divulgado recentemente acusa um antigo presidente da Somália de ter protegido o pirata de denúncias feitas anteriormente. Hassan teria recebido um passaporte diplomático para transitar entre os países africanos sem qualquer restrição, enquanto Tiiceey seria um ex-governador da região somali de Himan e Heeb, localizada ao centro do país. Por meio de um oficial, a Otan parabenizou as autoridades belgas pela “criativa” operação, e reforçou que “nunca foi fácil levar esses criminosos à justiça.”

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