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Pela primeira vez, Obama pede saída de Kadafi em público

Presidente americano eleva teor de críticas a ditador e não descarta opção militar

Por Da Redação
4 mar 2011, 06h09

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se pronunciou nesta quinta-feira categoricamente favorável à saída do líder Muammar Kadafi do poder, ao afirmar que o ditador está “do lado errado da história” e “perdeu a legitimidade” para governar o país.

“Vou ser pouco ambíguo sobre isso. O coronel Kadafi deve deixar o poder”, declarou Obama, que já tinha formulado a mesma exigência anteriormente, mas apenas em comunicados escritos.

Assim, o líder americano reiterou com ênfase sua postura contrária ao líder líbio, de quem exigiu sua saída em três ocasiões em menos de dez minutos durante uma entrevista coletiva conjunta com o presidente mexicano, Felipe Calderón.

O governante dos EUA advertiu, além disso, sobre o risco de “um ponto morto que, com o tempo, possa se transformar em algo sangrento” na Líbia.

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Insistiu em que seu governo maneja “uma ampla gama de opções”, e não descartou a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, embora não deu indícios de inclinar-se pela via militar.

Obama indicou que seu país estuda várias ações a serem tomadas em relação à Líbia, e não descartou a criação de uma zona de exclusão aérea sobre o país norte-africano, mas minimizou a importância da possibilidade de uma intervenção militar. “O que queremos é ter a capacidade de intervir potencialmente rápido se a situação se deteriorar”.

A grande prioridade do momento, segundo ele, é a ajuda humanitária. Para isso, Obama autorizou o uso de aviões militares e civis americanos para o transporte de cidadãos estrangeiros que se encontram na Tunísia após fugirem da Líbia.

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As organizações humanitárias falam sobre dezenas de milhares de trabalhadores estrangeiros que fogem da Líbia em direção à Tunísia ou ao Egito.

Também de forma categórica, Obama lançou uma advertência aos funcionários próximos a Kadafi sobre as consequências que terá o uso da violência contra seu próprio povo.

“Aqueles que o rodeiam devem entender que a violência que cometem contra civis inocentes será observada e eles deverão prestar contas”, alertou o presidente.

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Uma possibilidade considerada é que Kadafi se mantenha acuado em Trípoli enquanto seu povo sofre de escassez alimentícia. Por isso, é necessário que a comunidade internacional estude alternativas para fornecer alimentos à população líbia.

As declarações de Obama ocorrem depois que o secretário de Defesa americano, Robert Gates, pareceu descartar na quarta-feira uma zona de exclusão aérea na Líbia, ao considerar que essa estratégia poderia requerer a eliminação das defesas antiaéreas líbias, o que equivaleria a um ato de guerra.

“Vamos dizer claramente. Uma zona de exclusão aérea começa com um ataque contra a Líbia para destruir suas defesas aéreas”, assinalou o secretário de Defesa em discurso no Congresso.

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As declarações de Obama coincidem também com a oferta de mediação da Venezuela para a crise na Líbia. O governo de Caracas sugeriu a criação de uma comissão de paz para o assunto. Os EUA descartaram a proposta, alegando que Kadafi “sabe perfeitamente o que deve fazer”.

“Não é preciso que uma comissão internacional diga ao coronel Kadafi o que ele deve fazer pelo bem de seu país e de seu povo. Ele deve deixar o poder e deixar de atacá-lo”, afirmou nesta quinta-feira o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley.

A aviação líbia leal ao coronel voltou nesta quinta-feira a bombardear o enclave petrolífero da cidade líbia de Brega, no leste do país, onde na quarta-feira 12 pessoas morreram nos combates, seis das quais foram enterradas nesta quinta-feira na cidade de Ajdabiya.

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A situação nesta cidade, em poder da oposição rebelde que controla o leste do país e algumas localidades do oeste, era de tensões latentes ao longo desta quinta.

Enquanto isso, a ajuda da comunidade internacional para resolver a crise dos refugiados que escapam da Líbia rumo à Tunísia começa a se materializar com a chegada de material humanitário.

(com Agência EFE)

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