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Partidos pró e contra a independência da Escócia apelam para o bolso do eleitor

Plebiscito para definir futuro do país será em setembro. Número de indecisos excede o de eleitores que desejam manter união com Grã-Bretanha

Por Da Redação
28 Maio 2014, 12h30

O debate sobre o rompimento dos escoceses com a Grã-Bretanha se intensificou nesta quarta-feira, com ambos os lados, contra e a favor da independência, afirmando que os escoceses iriam economizar ao menos 1.000 libras (cerca de 3.700 reais) por ano. A Escócia vai realizar um referendo no dia 18 de setembro sobre a possibilidade de acabar com a união de 307 anos com a Inglaterra. Com a aproximação da data, o número de pessoas indecisas já excede a maioria que desejava manter a união.

O vice-ministro das Finanças da Grã-Bretanha, Danny Alexander, sensível às críticas de que a campanha contra a independência tem sido muito negativa – disse que cada um dos escoceses poderá economizar 1.400 libras (cerca de 5.200 reais) por ano se o país permanecer como parte da Grã-Bretanha. “Ao ficarmos juntos, o futuro da Escócia será mais seguro, com as finanças mais fortes e uma sociedade mais progressista”, disse Alexander. “Simplesmente não haveria o mesmo nível de recursos disponíveis para os serviços públicos se a Escócia fosse independente”, completou.

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O primeiro-ministro da Escócia, Alex Salmond, disse que os escoceses se sairiam melhor com a independência, que traria benefícios de cerca de 1.000 libras por pessoa por ano até 2029, já que uma Escócia independente teria mais poder para atrair imigrantes e aumentar sua produtividade. “Os números mais recentes mostram que, usando os poderes que só a independência vai trazer, nós poderemos ter um bônus com a independência, com o aumento da receita”, disse Salmond.

Uma pesquisa de opinião de janeiro apontou que apenas 15% dos escoceses apoiariam a independência se isso lhes custasse 500 libras por ano, enquanto um ganho de 500 libras por ano faria 52% apoiarem a independência. Alexander, o principal deputado escocês no governo britânico, criticou o argumento de Salmond como um “falso bônus” e o comparou a um lojista que não diz o preço dos produtos aos clientes. “Salmond tem de encarar o fato de que o que ele está propondo é um empreendimento arriscado e caro. Se você fosse comprar um produto nas lojas, você não iria confiar em alguém que não lhe diz qual é o preço”.

Convencer o público do custo ou benefício da independência será uma importante tarefa para os políticos. Um ponto ainda nebuloso é o custo da criação de uma nova administração para a Escócia. Na segunda-feira, o Ministério das Finanças da Grã-Bretanha disse que isso pode chegar a mais de 1,5 bilhão de libras (5,6 bilhões de reais) – cerca de 1% do Produto Interno Bruto – e criticou escoceses nacionalistas por não informarem esses dados. No entanto, Patrick Dunleavy, professor da London School of Economics, criticou as estimativas do Ministério das Finanças. Segundo ele, o custo total para montar uma nova administração deve ficar em poucas centenas de milhões de libras, disse Dunleavy .

(Com agência Reuters)

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