Parentes de passageiros são expulsos de coletiva da Malaysian Airlines
Companhia aérea informou que enviará equipe a Pequim para melhorar comunicação com parentes dos passageiros chineses
Por Da Redação
19 mar 2014, 13h03
Os familiares dos passageiros chineses do voo MH370, desaparecido há onze dias, foram expulsos da entrevista coletiva de imprensa da Malaysian Airlines em Kuala Lumpur, e proibidos de se aproximarem dos jornalistas, reporta a BBC nesta quarta-feira. A rede britânica informa que houve cenas caóticas e relata que um dos seus repórteres foi empurrado por policiais para não falar com os parentes, que carregavam cartazes criticando a investigação conduzida pelas autoridades malaias.
“Eles [os malaios] dão mensagens diferentes todos os dias. Onde está o voo agora? Encontrem nossos parentes! Encontrem a aeronave!”, exclamou uma das parentes, uma chinesa de meia-idade. O governo da Malásia disse mais tarde que lamentava o tumulto e ordenou uma investigação para apurar as responsabilidades. Afirmou também que “pode imaginar a angústia que os parentes estão passando”. A aeronave transportava 239 pessoas, sendo doze tripulantes e 227 passageiros. Os cidadãos chineses eram a maioria dos passageiros, com 154 pessoas.
Respondendo às queixas dos parentes, que relatam não estar sendo plenamente informados, as autoridades da Malásia disseram que iriam enviar uma equipe a Pequim para assegurar comunicação com as famílias chinesas à espera de notícias. (Continue lendo o texto)
O desaparecimento do Boeing 777 da Malaysia Airlines
Na terça-feira, parentes de alguns passageiros chineses ameaçaram entrar em greve de fome em um esforço para forçar as autoridades malaias a divulgarem mais informações. “Não temos nenhuma notícia e todo mundo está preocupado. Os familiares estão insatisfeitos”, disse à agência de notícias France-Presse Wen Wanchen, cujo filho está entre as 239 pessoas que embarcaram na aeronave.
Durante a coletiva de imprensa, o ministro de Defesa da Malásia, Hishammuddin Hussein, negou as informações que surgiram na terça-feira, que relatavam a possibilidade de o Boeing 777 ter sido visto nas Ilhas Maldivas. Um vereador local da ilha de Kudahuvadhoo, nas Maldivas, disse à BBC que cerca de dez pessoas afirmaram ter visto um grande avião algumas horas depois do desaparecimento do voo MH370. Hussein também disse que as autoridades tinham investigado quase todos os passageiros e tripulantes do avião, mas que até agora não encontraram nenhuma informação significativa.
Os investigadores da Malásia descobriram nesta quarta que alguns dados do simulador de voo do piloto Zaharie Ahmad Shah, que estava no comando do Boeing 777, foram apagados. O simulador de voo foi recuperado na casa do piloto durante o último fim de semana, como parte da investigação policial. Hussein salientou o capitão deve ser considerado inocente até que se prove o contrário e que os membros de sua família estavam cooperando com a investigação.
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