Paquistão exibe vídeo de Obama condenando filme anti-Islã

Iniciativa da embaixada americana em Islamabad busca deixar claro para a população local que os Estados Unidos não apoiam o conteúdo da produção

Por Da Redação
21 set 2012, 02h39

Manifestantes durante protesto contra o filme que satiriza os mulçumanos em Peshawar, Paquistão (Khuram Parvez/Reuters/VEJA)

A embaixada americana em Islamabad levou ao ar na televisão paquistanesa um vídeo que mostra o presidente Barack Obama e a secretária de Estado Hillary Clinton condenando o filme que ridiculariza Maomé e foi o estopim para a série de protestos antiamericanos no mundo islâmico.

O clipe traz cenas de declarações de Obama e Hillary nos dias seguintes ao ataque que matou o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, na semana passada. “Rejeitamos todos os esforços para denegrir crenças religiosas”, afirma o presidente nas imagens. Já a secretária de Estado aparece desassociando o governo americano do vídeo anti-Islã. “Quero deixar bastante claro, e espero que isso seja óbvio, que o governo dos Estados Unidos não teve nenhuma participação nesse filme.”

A iniciativa busca apaziguar os protestos islâmicos no país e reforçar a mensagem de que os Estados Unidos não apoia o conteúdo do filme que provocou revolta entra os muçulmanos. Revoltas contra o filme nas nações de maioria islâmica já provocaram a morte de diversas pessoas nos últimos dias. Nesta quinta-feira, uma manifestação nos arredores da embaixada americana no Paquistão terminou de forma pacífica após a interferência da polícia local.

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Investimento – Segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Victoria Nuland, os Estados Unidos gastaram 70 mil dólares para levar o vídeo ao ar em sete canais de televisão do Paquistão, com o objetivo de atingir o maior número de pessoas possível. Para Nuland, apenas pelas redes de notícias convencionais a mensagem não estava chegando à maior parte da população paquistanesa.

Assista ao vídeo veiculado nas televisões paquistanesas: