Papa visita lugares sagrados do judaísmo e islamismo
Francisco foi ao Muro das Lamentações e à Esplanada das Mesquitas
No último dia de sua primeira viagem à Terra Santa como líder da Igreja Católica, o papa Francisco visitou nesta segunda-feira locais sagrados para as duas grandes religiões monoteístas além do cristianismo. Ele esteve no Muro das Lamentações, o lugar mais sagrado do judaísmo, situado no coração do Centro Antigo de Jerusalém.
Como manda a tradição judaica, o papa fez uma oração e deixou uma mensagem no local. O pontífice chegou à única ruína do Templo de Herodes, destruído pelos romanos no século I, após visitar a Esplanada das Mesquitas, terceiro lugar mais sagrado do islamismo, localizado próximo ao templo.
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Em discurso na Esplanada das Mesquitas, o papa fez um apelo à paz e à justiça, e pediu a judeus, cristãos e muçulmanos que abram seus corações e suas mentes para entender os outros, e que ninguém utilize o nome de Deus para justificar a violência. O pontífice reivindicou a figura de Abraão como exemplo, já que as três religiões monoteístas o reconhecem como pai da fé e exemplo a imitar, “apesar de maneira diferente”.
A visita de Francisco acontece em uma data simbólica para os muçulmanos, que lembram a ascensão de Maomé aos céus. Segundo a tradição islâmica, isso aconteceu no Domo da Rocha, como é conhecida a Mesquita de Omar, cuja cúpula é a imagem mais conhecida do Monte do Templo.
Na ocasião, o papa se encontrou com o grande mufti (máxima autoridade na interpretação da lei islâmica) de Jerusalém, Mohamad Ahmad Hussein. “Minha peregrinação não seria completa se não incluísse também o encontro com as pessoas e comunidades que vivem nesta Terra, e por isso, me alegro de poder estar com vocês, amigos muçulmanos”, disse Francisco diante também de outras autoridades islâmicas. O papa concluiu seu discurso com a palavra paz em árabe (“salam”).
(Com agência EFE)