Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Papa diz que renúncia não significa abandonar a Igreja

Diante da Praça de São Pedro lotada, Bento XVI afirmou que deixa o pontificado para se dedicar à oração "de modo mais adequado a sua idade e forças"

Por Da Redação
24 fev 2013, 09h09

O papa Bento XVI disse neste domingo que Deus o chamou para se dedicar ainda mais à oração e à meditação. Em sua homilia, ele afirmou que continuará seu trabalho religioso de um modo mais adequado a sua idade e forças, assim que for efetivada sua renúncia ao pontificado, na próxima quinta-feira. Bento XVI rezou seu último Angelus – oração dominical feita pelo pontífice – em uma lotada Praça de São Pedro, na qual se reuniram cerca de 200.000 fiéis, peregrinos e turistas, que quiseram se despedir.A multidão chegou a ocupar, inclusive, a via da Conciliação e outras ruas adjacentes à praça.

Emocionado, o papa foi interrompido várias vezes por aplausos da multidão durante sua mensagem aos fiéis. O pontífice, que daqui a dois meses completará 86 anos, falou de sua retirada “à montanha”, mas esclareceu que isto “não significa abandonar a Igreja”. “É mais, se Deus me pede isso, é porque eu poderei continuar servindo com as mesmas condições e o mesmo amor com o qual o fiz até agora, mas de um modo mais adequado à minha idade e às minhas forças”, afirmou. A chuva que caiu nos últimos dias em Roma deu uma trégua para o sol, um detalhe destacado pelo papa em sua fala.

Leia também:

Vaticano classifica de ‘desinformação’ notícias sobre renúncia do Papa

Palácio de Castel Gandolfo, o novo refúgio de Bento XVI

Bento XVI escolheu para o segundo domingo de Quaresma a passagem do Evangelho de Lucas sobre a transfiguração do Senhor, no qual relata como Jesus se transformou enquanto rezava em uma espécie de retirada espiritual no monte Tabor junto com os apóstolos Pedro, Tiago e João. Ao meditar sobre essa passagem do Evangelho, o pontífice ressaltou a primazia da oração, sem a qual todo o compromisso do apostolado e da caridade se reduz a ativismo, sustentou.

Continua após a publicidade

Na Quaresma, “aprendemos a dar seu devido tempo à oração, tanto pessoal como comunitária, que encoraja nossa vida espiritual”, afirmou Bento XVI. “A oração não representa se isolar do mundo e de suas contradições, como no monte Tabor queria fazer Pedro, pois a oração conduz ao caminho, à ação”, explicou.

O papa afirmou que a vida cristã que menciona na mensagem da Quaresma consiste em um contínuo subir à montanha para se encontrar com Deus, para depois “descer levando o amor e a força a fim de servir a nossos irmãos e irmãs com o mesmo amor de Deus”, acrescentou.

Depois da mensagem, o papa cumprimentou os peregrinos em sete idiomas – entre eles o português – e se retirou a seus aposentos. O último Ângelus do papa foi realizado no mesmo dia em que os italianos vão às urnas para definir o novo governo do país.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.