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Opositor preso responderá por conspiração, mas não terrorismo

A defesa de Leopoldo López disse que ele também será processado por atear fogo em prédios. Os advogados trabalham para garantir um habeas corpus

Por Da Redação
20 fev 2014, 14h04

O oposicionista Leopoldo López, que se entregou à polícia venezuelana na terça-feira após o presidente Nicolás Maduro o responsabilizar pela violência que se seguiu às manifestações contra o governo bolivariano, responderá na Justiça pelas acusações de conspiração e incendiar prédios. Segundo a legislação venezuelana, se condenado, López pode pegar uma pena superior a 10 anos de prisão. Segundo o jornal El Universal, os advogados de López afirmaram que as autoridades não incluíram no processo os crimes de assassinato e terrorismo, que a Justiça havia imputado contra o opositor antes de sua rendição. A próxima etapa do trabalho da defesa será garantir um habeas corpus para o político responder às acusações em liberdade, informou o jornal El Nacional.

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De acordo com o advogado de López, Juan Carlos Gutiérrez, a Justiça venezuelana não tem provas suficientes para manter o opositor preso antes do julgamento. “Ele permanece detido em uma prisão militar durante o desenrolar do processo, mas existe judicialmente uma grande possibilidade de que em 45 dias, quando terminar o processo de investigação da promotoria, o Ministério Público esteja absolutamente convencido de que López não cometeu nenhum delito. O chamado que ele fez esteve dentro dos parâmetros constitucionais”, disse Gutiérrez, em alusão ao fato de López, o diretor nacional do partido opositor Vontade Popular, ter convocado os jovens e descontentes com o governo de Maduro a se manifestarem nas ruas.

A defesa também declarou que “a privação de liberdade pode ser revisada por um tribunal de maior hierarquia e revogada”, uma vez que não há indícios que liguem López aos crimes descritos no processo. Com relação às condições da penitenciária em que o político se encontra, Gutiérrez disse que López está “em um estabelecimento fechado, com pouca iluminação e que não tem boas condições”. “Está em condições difíceis, mas ao menos sua vida e integridade estão resguardadas até certo ponto”, afirmou.

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As tensões decorrentes da prisão de López e dos conflitos entre opositores e autoridades venezuelanas continuaram presentes nesta quinta-feira nas ruas do país. Para ampliar a repressão sobre os manifestantes, o governo anunciou que o porte de armas de fogo no estado de Táchira foi suspenso temporariamente. O Exército também foi deslocado para patrulhar as ruas, enquanto um novo contingente da Guarda Nacional será enviado para a região. Os confrontos durante os protestos resultaram até o momento na morte de cinco pessoas, incluindo a jovem Genésis Carmona, de 22 anos, eleita Miss Turismo de Carabobo no ano passado.

Nesta quinta-feira, o presidente americano Barack Obama também enviou um alerta para Maduro atender as reinvindicações dos manifestantes da oposição. O pronunciamento do democrata foi feito após o mandatário venezuelano expulsar três funcionários consulares dos Estados Unidos do país. “Ao invés de desviar a atenção de seus próprios fracassos expulsando diplomatas americanos com falsas acusações, o governo deveria se concentrar em atender as reivindicações legítimas do povo venezuelano”, afirmou Obama.

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