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ONU e UE exigem investigação sobre violência no Egito

Jornalistas estrangeiros foram alvo de agressões por partidários de Mubarak

Por Da Redação
4 fev 2011, 11h34

“Faremos uma nota de protesto exigindo o julgamento das pessoas que cometeram esses atos”

Embaixador de Portugal na UE

A alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu nesta sexta-feira ao regime egípcio que investigue se a violência registrada nos últimos dias foi planejada e descubra os responsáveis. Embaixadores da União Europeia (UE) – que é formada por 27 países – disseram ainda que vão enviar uma nota de protesto para o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Egito contra agressões aos jornalistas no país.

“A violência que não queríamos que ocorresse aconteceu na quarta-feira, quando vimos duras cenas de grupos opostos lançando coquetéis Molotov, pedras etc. A violência deve terminar”, destacou Pillay em entrevista coletiva, condenando os ataques a membros da imprensa. Diversos repórteres de todo o mundo, inclusive brasileiros, que cobrem a rebelião foram alvo de atos violentos nos últimos dias por partidários do presidente egípcio, Hosni Mubarak, e acabaram presos pelas forças de segurança. Há denúncias de agressões, roubos e até humilhações.

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“Estamos todos muito inquietos com o fato de que jornalistas de várias nacionalidades foram agredidos. Faremos uma nota de protesto exigindo o julgamento das pessoas que cometeram esses atos”, enfatizou o embaixador de Portugal na UE, Aristides Vieira Gonçalves, acreditam se tratar de policiais à paisana. Ele acrescentou que nesta sexta “há mais gente do que nunca na praça”, referindo-se à aglomeração na Praça Tahrir no chamado “Dia da Partida”, numa alusão à possibilidade de o presidente renunciar. O diplomata afirmou ainda que este pode ser um dos piores dias desde que começaram as manifestações.

Prisões e agressões – Dois jornalistas brasileiros foram detidos, vendados e tiveram passaportes e equipamentos apreendidos ao desembarcarem no Egito. Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Rocha, da TV Brasil, devem voltar ao Brasil nesta sexta-feira. A Embaixada brasileira no país e o Ministério das Relações Exteriores teriam protestado contra a prisão dos profissionais e pedido às autoridades egípcias para tomarem medidas no sentido de garantir a liberdade civil e a integridade física da população e dos estrangeiros.

Nesta sexta-feira, três jornalistas franceses que foram interrogados durante 15 horas com os olhos vendados foram libertados, segundo a emissora privada TF1 e o jornal Le Figaro. Eles foram presos enquanto faziam uma reportagem perto de Alexandria. Na quinta-feira, um jornalista da televisão pública sueca SVT foi “gravemente ferido” a facadas no Egito. “Bert Sundstroem está muito machucado. Foi hospitalizado no Cairo e dever ser submetido a uma cirurgia”, anunciou a emissora em seu site na internet.

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