Obama visita Arábia Saudita com Irã e Síria na agenda política
Presidente americano tenta restabelecer laços com Riad após os sauditas reclamarem do acordo nuclear entre potências ocidentais e Teerã
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chega nesta sexta-feira a Riad, onde terá um encontro com o rei saudita, Abdullah bin Abelaziz. Na pauta da reunião estão as tensões surgidas depois do acordo nuclear com o Irã e também o conflito sírio. As relações entre os países esfriaram nos últimos meses, principalmente depois do pacto fechado em novembro entre Teerã e o Grupo 5+1, formado por Estados Unidos, Rússia, China, Grã-Bretanha, França e Alemanha.
Com este acordo, o Irã se comprometeu a não continuar com seu programa nuclear durante seis meses, tempo no qual as negociações continuarão em busca de um acordo definitivo. A Arábia Saudita também criticou recentemente os Estados Unidos por sua falta de firmeza no conflito sírio, principalmente depois da decisão de não intervir, ano passado.
Leia também
Papa Francisco recebe Obama pela 1ª vez no Vaticano
‘Não haverá uma nova Guerra Fria’, diz Obama sobre Rússia
A viagem de Obama coincide com a crise política no Golfo Pérsico entre Catar e o bloco formado por Arábia Saudita, Bahrein e Emirados Árabes Unidos. Os três países retiraram em março seus embaixadores de Doha, a capital catariana. Os países tomaram a medida por considerarem que o Catar interveio em seus assuntos internos e que não respondeu aos pedidos de “não respaldar grupos que ameacem a estabilidade e segurança” dos Estados do Golfo, em alusão à Irmandade Muçulmana – grupo político islâmico que mantém braços armados.
Leia mais
Cabeleireiro é preso na Arábia Saudita por cortar cabelo de mulheres
É a segunda vez que Obama visita um dos seus principais aliados no Golfo. Em 2009 o primeiro encontro aconteceu em um contexto político e social completamente diferente, pouco após os protestos populares da chamada Primavera Árabe, movimento que cobrava maior abertura política que desestabilizou vários países ditatoriais da região.
(Com agência EFE)