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Obama promete prosseguir com bombardeios no Iraque, se necessário

Pela manhã deste sábado, os Estados Unidos completaram a segunda operação de ajuda aérea aos refugiados no monte Sinjar, no norte do Iraque

Por Da Redação
9 ago 2014, 10h28

O presidente americano Barack Obama prometeu neste sábado prosseguir com os bombardeios aéreos contra os jihadistas no Iraque – se a ação for necessária para proteger diplomatas e assessores militares americanos. Ainda durante a manhã, os Estados Unidos completaram a segunda operação de ajuda aérea aos cerca de 200 mil refugiados no monte Sinjar, no norte do Iraque. Aviões militares lançaram comida e água potável, como na primeira missão humanitária de apoio, na última quinta-feira. Logo após o anúncio, o presidente saiu de férias e partiu para a pequena ilha de Martha’s Vineyard, em Massachussetts, onde deve ficar com a família por duas semanas.

Obama afirmou ter autorizado os bombardeios no Iraque para proteger o pessoal americano que se encontra na cidade de Erbil, capital do Curdistão. O presidente também autorizou o esforço humanitário para ajudar os civis refugiados ante a ofensiva do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL). Milhares de yazidis, descendentes de curdos que seguem uma religião pré-islâmica e são considerados pelo EIIL como “adoradores do demônio”, fugiram de seus lares quando o grupo tirou das forças curdas o controle da cidade iraquiana de Sinjar.

“Os milhares – talvez dezenas de milhares – de homens, mulheres e crianças iraquianos que fugiram para a montanha estão morrendo de fome e sede. Os alimentos e a água jogados do ar os ajudará a sobreviver”, afirmou Obama.

Os Estados Unidos se envolveram diretamente no Iraque pela primeira vez desde a retirada de suas tropas em 2011, quando iniciaram na última sexta-feira os ataques aéreos contra jihadistas sunitas no norte do Iraque. O auxílio americano limita-se ao apoio aéreo, pois o presidente Obama está relutante em enviar tropas americanas para Oriente Médio após as custosas guerras no próprio Iraque e no Afeganistão. As operações militares consumiram bilhões de dólares dos contribuintes americanos nos últimos anos, atraíram muitas críticas e tiveram sua eficácia posta em dúvida. .

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Avanço jihadista – Insurgentes sunitas estenderem neste sábado o avanço ao longo das fronteiras da região curda do Iraque, no norte do país. Na última semana, o grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) se aproximou da capital curda de Erbil. Assumiu o controle de Sheikhan, uma cidade mais ao norte e próxima da província curda de Dohuk. Os militantes parecem estar tentando conectar as cidades que invadiram ao longo da fronteira do território curdo, o que tem deixado os moradores da região em pânico.

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O avanço ocorreu mesmo após as duas rodadas de ataques dos EUA, que visavam impedir a aproximação dos insurgentes. Nesta sexta, aviões norte-americanos destruíram bases e comboios dos extremistas.

A Organização das Nações Unidas afirmou que está avaliando com urgência as opções para um corredor humanitário. Já o Comitê de Resgate Internacional informou que está fornecendo ajuda médica a yazidis refugiados. Muitos estavam desidratados após terem passado seis dias sem água e comida.

Bagdá – Bagdá, onde as notícias sobre os ataques aéreos norte-americanos perto de Erbil têm sido praticamente minimizadas por uma corrida eleitoral para escolher um novo primeiro-ministro, as pessoas se reuniram em uma praça para manifestar apoio ao premiê do Iraque, Nour al-Maliki.

Maliki, xiita, está determinado a conquistar um terceiro mandato, apesar da pressão americana e dos xiitas para que ele permita a formação de um governo consensual. A manifestação foi transmitida ao vivo por um canal de televisão de propriedade do partido político de Maliki, Dawa.

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