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Obama pede apoio internacional para presidente eleito ucraniano

O presidente americano e Petro Poroshenko encontraram-se em Varsóvia. Obama voltou a criticar a Rússia por influenciar ação de separatistas

Por Da Redação
4 jun 2014, 09h43

O presidente americano, Barack Obama, se reuniu nesta quarta-feira com o presidente eleito da Ucrânia, Petro Poroshenko, e afirmou após o encontro que o país europeu pode ser uma “próspera democracia” se contar com o apoio dos Estados Unidos e da comunidade internacional. Obama pediu a outras nações que apoiem Poroshenko e seu novo governo, inclusive por meio da capacitação de seu exército e polícia, para assim fazer frente aos desafios que a Ucrânia enfrentará em uma nova etapa que se inicia.

Os dois presidentes analisaram as medidas para restaurar a paz e favorecer o crescimento econômico na Ucrânia, com foco nas fórmulas para reduzir a dependência energética do país, que importa quase todo seu gás e petróleo que consome da Rússia. Em seu pronunciamento após o encontro, de acordo com a BBC, Obama voltou a condenar a influência russa nos atos separatistas no leste da Ucrânia. O chefe de Estado dos EUA considera que a comunidade internacional deve garantir que a Rússia pare de apoiar os separatistas. “Como podemos permitir que táticas negras do século XX possam definir o XXI?”, questionou Obama, em referência direta à ação russa na desestabilização da Ucrânia.

“Não aceitamos a ocupação da península da Crimeia ou a violação da soberania da Ucrânia. Nossas nações livres estarão ombro com ombro diante de novas provocações russas”, disse Barack Obama. A Rússia, acrescentou, sofrerá “mais isolamento” se mantiver essas provocações. Obama, que anunciou ontem um plano para reforçar a presença militar americano no leste da Europa, assegurou que a “Polônia nunca estará sozinha, como também não estarão Estônia, Letônia, Lituânia e Romênia”. “Sei que no passado os poloneses foram abandonados por seus aliados na hora das dificuldades, por isso vim dos Estados Unidos, em nome da Otan, para reafirmar nosso compromisso com a segurança da Polônia”, explicou Obama, que ressaltou que “um ataque a um aliado é um ataque ao conjunto da Aliança. Os dias dos impérios e das zonas de influência chegaram ao seu fim, os países maiores já não podem intimidar os menores e impor sua vontade com as armas”, disse o líder americano entre aplausos dos presentes.

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Poroshenko, conhecido como o ‘rei do chocolate’ por ter feito fortuna com o mercado de doces, ganhou as eleições presidenciais realizadas na Ucrânia em 25 de maio. Antes de se reunir com Obama, Poroshenko encontrou o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e está previsto que esta tarde ele converse com o presidente francês, François Hollande.

Após sua passagem por Varsóvia, o presidente americano irá até Bruxelas, na Bélgica, para uma reunião de líderes do G7, e seu último destino será a Normandia, onde participará da comemoração do 70º aniversário do Dia D, data que marca o desembarque aliado durante a II Guerra Mundial no dia 6 de junho. Na ocasião, será a primeira vez que Obama e o presidente russo Vladimir Putin irão se encontrar desde o início da crise na Ucrânia, no final do ano passado. Apesar de participarem do mesmo evento, Obama e Putin não devem ter uma reunião privada, segundo informou nesta quarta a assessoria do Kremlin.

Enquanto isso, a Ucrânia vive dias de intensos combates. Segundo o porta-voz da operação lançada por Kiev contra os insurgentes, Vladislav Selezniov, o confronto deixou nas últimas 24 horas mais de 300 milicianos pró-Rússia mortos e 500 feridos nas regiões rebeldes de Donetsk e Lugansk. Entre os militares ucranianos houve duas mortes e há ainda outros 40 feridos.

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(Com agência EFE)

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