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NY é 1º estado a aprovar controle de armas após massacre

Governador democrata diz que nova legislação será a mais dura do país. Presidente Barack Obama apresentará pacote de medidas nesta quarta-feira

Por Da Redação
15 jan 2013, 20h03

Nova York tornou-se nesta terça-feira o primeiro estado americano a aprovar um pacote de medidas relacionadas ao controle de armas em resposta ao massacre ocorrido em uma escola de educação infantil em Newtown, Connecticut, em dezembro. A lei foi aprovada pelo Legislativo e assinada pelo governador Andrew M. Cuomo, democrata que repetidamente pediu ao Legislativo a aprovação de novas restrições depois do incidente no colégio Sandy Hook. Cuomo afirmou que a legislação do estado será a mais dura do país.

As novas medidas ampliam a definição de armas de assalto (de uso militar), proibindo pistolas semiautomáticas e rifles com carregadores destacáveis e um recurso militar, além de espingardas semiautomáticas com uma característica militar. Nova-iorquinos que já possuem armas desse tipo poderão mantê-las, mas será necessário registrá-las, informou o jornal The New York Times.

O texto inclui ainda medidas para limitar o acesso a armas por pessoas com problemas mentais. A novidade mais relevante prevê o envio de relatórios por profissionais da área de saúde para autoridades locais de saúde mental com informações sobre pacientes que podem representar ameaças para si mesmos e para outras pessoas. Com base nesses relatórios, a polícia pode autorizar o confisco de qualquer arma do paciente.

Outra medida proíbe qualquer carregador com capacidade para mais de sete cartuchos de munição – o limite atual são dez cartuchos. Também estabelece que alertas automáticos serão enviados às autoridades em caso de aquisições de um grande volume de munição.

O pacote foi negociado pelo governador e por líderes do Legislativo durante várias semanas antes de ser votado. Durante o debate desta terça na Assembleia local, os parlamentares fizeram muitos questionamentos sobre os artigos da lei e alguns republicanos criticaram o conteúdo do texto e a falta de audiências públicas sobre a proposta.

A Associação Nacional do Rifle, mais influente grupo pró-armas dos Estados Unidos, classificou a nova legislação de “draconiana”.

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Reinaldo Azevedo: Obama e o adeus às armas: É possível proibir a loucura?

Pacote de medidas – O presidente Barack Obama vai apresentar nesta quarta-feira uma série de “propostas concretas” para evitar massacres como o ocorrido em Sandy Hook, onde um jovem invadiu a escola e matou 20 crianças e seis adultos. O pacote deverá incluir o controle da venda de armas de assalto e medidas para reforçar o processo de verificação dos antecedentes dos compradores.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, Obama apresentará o pacote de medidas junto com o vice-presidente Joe Biden, que liderou uma equipe responsável por conversar com todas as partes envolvidas e elaborar medidas a serem discutidas no Congresso americano e outras que poderão ser tomadas pelo próprio presidente, sem passar pelo Legislativo.

Crianças de todo o país que escreveram cartas para o presidente expressando suas preocupações sobre crimes com armas e segurança nas escolas devem acompanhar o evento em Washigton com seus pais.

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“O presidente deixou claro que ele pretende ter uma abordagem abrangente”, disse Carney a jornalistas.

As recomendações da equipe liderada por Biden foram elaboradas depois de uma série de reuniões com representantes de diversas áreas, desde as indústrias de armas e entretenimento até familiares de vítimas de massacres, passando por caçadores e esportistas que usam armas em suas atividades.

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Atirador – Mais um ataque a uma escola americana foi registrado nesta terça, quando um estudante armado com uma pistola abriu fogo em um colégio em St. Louis, no estado de Missouri, atingindo um funcionário e depois atirando contra si mesmo. Os dois ficaram feridos.

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O estudante, de cerca de 20 anos, atirou contra um homem de 40 anos que seria o administrador da escola, segundo a polícia local. A polícia não acredita que o tiro foi disparado de forma aleatória, mas que o atirador, que já foi aluno em tempo parcial na instituição de ensino, conhecia a vítima.

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