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Morre mais um estudante na Venezuela

Um grupo de estudantes foi atropelado por um carro da empresa estatal PDVSA. José Mendez, de 17 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital

Por Da Redação
18 fev 2014, 12h15

Morreu nesta terça-feira mais um estudante venezuelano que estava em manifestação contra o governo de Nicolás Maduro. De acordo com o jornal venezuelano El Nacional, o jovem estudante de Engenharia Naval, José Ernesto Mendez, de 17 anos, foi atropelado – propositalmente, segundo testemunhas – na noite desta segunda-feira por um veículo da companhia estatal Petróleo de Venezuela S.A. (PDVSA). O jovem é a quarta vítima fatal em decorrência dos protestos, que se iniciaram na semana passada. Há ainda dezenas de feridos e um grande número de pessoas detidas – o governo não comunicou a quantidade de presos.

Mendez e outros jovens foram atropelados enquanto participavam de uma manifestação na cidade de Carúpano no estado de Sucre, no extremo norte do país. Na manhã desta terça-feira, o deputado opositor Cesar Rincores confirmou a morte do estudante em seu Twitter. Segundo relatos de testemunhas, os estudantes foram atropelados por um veículo modelo Ford Runner identificado com o logotipo da PDVSA. As vítimas estavam bloqueando a Avenida Perimetral, no centro de Carúpano. Mendez sofreu graves ferimentos na cabeça e foi levado para o centro cirúrgico da Policlínica de Carúpano, mas não resistiu. Outra vítima ainda não identificada teve as pernas fraturadas no atropelamento.

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Nesta terça-feira a capital Caracas será palco de grandes manifestações organizadas pelo governo e pela oposição. O político de oposição Leopoldo López, líder do partido Vontade Popular (VP), que teve sua prisão decretada pela Justiça, desafiou as autoridades a lhe prenderem quando aparecer em público nos protestos desta terça. Maduro declarou que se López for localizado pela polícia, será preso. López é apontado pelo governo como responsável pelos protestos que estremecem o país. Ele é alvo de um mandado de prisão, por acusações que incluem terrorismo, tentativa de golpe de Estado e homicídio. No domingo, o líder foragido postou um vídeo na internet convocando a nova passeata em direção à sede do Ministério de Interior e Justiça, na capital.

O chavismo também organiza suas forças e, segundo seus defensores, prepara-se para tomar as ruas de Caracas. Bandas irão animar a caminhada dos trabalhadores do petróleo que apoiam o governo. A marcha oficial está programada para seguir em direção ao palácio de Miraflores, sede do Executivo, e os apoiadores do governo serão recebidos pelo presidente Maduro. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e o prefeito do município de Libertador, a oeste de Caracas, Jorge Rodriguez, prometeram que “o fascismo não virá para Caracas”.

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Invasão – Segundo o jornal espanhol El País, a Direção de Contrainteligência Militar – órgão subordinado ao Exército venezuelano – invadiu a sede do partido opositor VP na noite desta segunda-feira. Vídeos postados na internet, gravados por câmeras de segurança do local, mostram um grupo de oficiais arrebentando a porta e invadindo a sala de espera e os gabinetes da sede política. Os líderes da oposição acusam a ação de ilegal e exigem uma cópia do mandado de busca e apreensão autorizando a invasão, mas até agora o documento não foi revelado pela Justiça venezuelana.

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