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Maduro admite: Chávez pode não ser embalsamado

É 'bastante difícil' que o procedimento ocorra, afirmou presidente interino. Funeral longo demais teria causado demora nos preparativos necessários

Por Da Redação
14 mar 2013, 03h56

O presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, admitiu nesta quarta-feira que vai ser “bastante difícil” que o corpo do mandatário morto Hugo Chávez seja embalsamado. O motivo: os preparativos necessários ao procedimento deveriam ter começado há mais tempo e foram atrapalhados pelo longo funeral de Chávez, cujo corpo completará dez dias sendo velado na Academia MIlitar da Venezuela nesta sexta-feira, quando finalmente será transportado ao Quartel da Montanha de 23 de Fevereiro (antigo Museu Histórico Militar), onde ficará exposto.

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Maduro afirmou que cientistas russos e alemães chegaram à Venezuela para o processo de embalsamamento e que “a decisão deveria ter sido tomada muito antes”. “De imediato não pode ser. Estamos no meio processo e o processo é complicado, é meu dever avisá-los”, disse o presidente interino. Maduro destacou que a “proposta” de embalsamar Chávez foi “produto do amor” e de conversas e ideias formuladas por líderes que assistiram na sexta-feira passada ao funeral do coronel e por integrantes da “direção político-militar” do governo.

“É preciso que todo mundo saiba que há dificuldades e essas dificuldades podem impedir que se faça o que foi feito com Lênin, Ho Chi Minh e Mao Tse Tung”, acrescentou. “De qualquer forma, devemos ter viva sua imagem, sua voz, seu pensamento, devemos tê-lo vivo”.

Há uma semana, dois dias depois da morte de Hugo Chávez ser confirmada, Maduro anunciou que o destino do corpo seria uma urna de vidro na qual permaneceria embalsamado “eternamente”. O presidente interino disse então que o corpo seria levado ao quartel no oeste de Caracas, onde funciona o Museu da Revolução. Seria uma primeira parada rumo ao mausoléu que deve abrigar definitivamente o corpo.

Seguidores do chefe de estado e dirigentes chavistas, porém, cogitaram a possibilidade do corpo de Chávez ser levado ao Panteão Nacional, onde repousam os restos de Simón Bolívar, herói da independência venezuelana e de outros países latino-americanos. No entanto, a proposta precisa ser apresentada na Assembleia Nacional em forma da emenda constitucional.

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Papa – Maduro também comentou a escolha do novo papa Francisco nesta quarta-feira – e atribuiu a eleição do argentino Jorge Bergoglio à influência de Hugo Chávez junto a Jesus Cristo “(Ele) deve ter influenciado dos céus para que fosse eleito pela primeira vez na história um papa latino-americano”, disse, em tom jocoso, o presidente encarregado.

“Nós sabemos que nosso comandante ascendeu até essas alturas, está frente a frente com Cristo. Alguma coisa influenciou para que fosse escolhido um papa sul-americano, alguma mão nova chegou e Cristo lhe disse: chegou a agora da América do Sul. Assim acreditamos”, disse Maduro durante um ato transmitido pelas TVs estatais.

A piada (ou delírio) foi além: “A qualquer momento (Chávez) convocará uma constituinte no céu para mudar a Igreja no mundo e que seja o povo, o puro povo de Cristo que governe o mundo”, acrescentou Maduro causando risada entre os presentes no ato. Assim que assumiu a Presidência pela primeira vez em 1998, Chávez convocou uma Assembleia Constituinte que redigiu a Carta Magna venezuelana de 1999, que mudou o nome do país para “República Bolivariana da Venezuela” e concentrou o poder em suas mãos.

(Com agência EFE)

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