Justiça russa concede direito à fiança para o último militante preso
O australiano Colin Russell poderá sair da prisão após o pagamento de 2 milhões de rublos
A Justiça russa decidiu nesta quinta-feira que o último membro da tripulação do barco de Greenpeace detido na Rússia, o australiano Colin Russell, poderá ler libertado após pagamento de fiança, anunciou a ONG. “Excelente notícia! O australiano Colin Russell será libertado sob fiança”, escreveu o Greenpeace em sua conta no Twitter. O tribunal de São Petersburgo fixou a fiança em 2 milhões de rublos (cerca de 140 000 reais), assim como para os demais ativistas, que já deixaram a prisão mas que não podem sair da Rússia. “O Greenpeace International espera pagar a fiança ainda hoje, para que Colin seja libertado antes do fim de semana”, indicou a ONG em um comunicado.
Russel, que passou 71 dias na prisão, era o único militante dos 30 membros da tripulação do Arctic Sunrise que não havia sido beneficiado por esta medida em primeira instância. Ele foi o primeiro a se apresentar ao tribunal, que determinou a prorrogação de sua detenção por mais três meses, até 24 de fevereiro.
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Os 30 membros da tripulação presos em setembro, depois de uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico, foram acusados de pirataria e, ao final de outubro, de vandalismo. A acusação pode resultar em uma pena de até sete anos de detenção. Primeiramente, eles permaneceram várias semanas detidos em Murmansk e foram transferidos no início de novembro para São Petersburgo.
No entanto, apesar da alteração da acusação, “ficou claro durante as audiências para definir o direito à liberdade sob fiança que a Comissão de Investigação irá prosseguir com a acusação de pirataria”, comunicou o Greenpeace em seu site. “Não sabemos quando os ativistas não-russos poderão retornar para suas casas. E, por enquanto, todos irão permanecer em São Petersburgo”, acrescenta a ONG.
(Com agência France-Presse)