Japoneses e chineses saem às ruas para reivindicar soberania sobre ilhas
Ilhotas viraram alvo de disputa após descoberta de petróleo e gás
Japoneses e chineses saíram às ruas em seus países para reivindicar soberania sobre um mesmo grupo de ilhas localizadas no Mar da China. As ilhotas – chamadas de Diaoyu pelos chineses, Tiaoyutai pelos taiwaneses e Senkaku pelos japoneses – estão desabitadas há muitos anos, mas recentemente atiçaram a cobiça dos países após descobertas de jazidas de petróleo e gás.
Na China, milhares de pessoas marcharam, nas cidades de Chengdu, Zhengzhou e Xian, com cartazes e placas que traziam manifestos contra o pleito japonês sobre o arquipélago. De acordo com as autoridades locais, as manifestações deste sábado foram muito maiores que as anteriores sobre o tema. Em Chengdu, houve quebra de vitrines e janelas de lojas de redes varejistas japonesas, segundo informou a agência de notícias Kyodo.
No Japão, cerca de 2 500 manifestantes realizaram uma passeata no centro de Tóquio, nos arredores da embaixada chinesa. Eles traziam bandeiras com mensagens de oposição à reivindicação de Pequim de soberania sobre as ilhas. Alguns manifestantes também pediam a libertação do ativista Liu Xiaobo, que ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2010 e cumpre uma pena de 11 anos de prisão por subversão.
As manifestações são controladas na China e, em algumas ocasiões, o governo põe fim às passeatas. Não estava claro se as marchas tinham permissão para acontecer. Aparentemente, a mobilização teria sido uma resposta a matérias publicadas na internet sobre o protesto japonês.