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Israel enviará equipe aos EUA para discutir acordo com Irã

Netanyahu defende desmantelamento da capacidade nuclear dos aiatolás

Por Da Redação
25 nov 2013, 17h31

Depois de classificar o acordo que pretende limitar o programa nuclear iraniano em troca do alívio das sanções econômicas como um “erro histórico”, o governo israelense decidiu enviar uma equipe a Washington. Para o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, o único resultado desejável em relação ao Irã seria o desmantelamento da capacidade nuclear dos aiatolás. A equipe israelense será liderada pelo assessor de segurança Yossi Cohen.

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“Eu ficaria feliz se pudesse me juntar às vozes que estão louvando o acordo de Genebra. É verdade que a pressão internacional foi parcialmente bem-sucedida e levou a um resultado melhor do que o imaginado inicialmente, mas ainda assim é um mau negócio. O acordo reduz a pressão sobre o Irã sem receber nada tangível em troca”, afirmou o premiê a membros de seu partido, o Likud.

Para Netanyahu, as sanções só deveriam ser amenizadas se o Irã parasse de enriquecer urânio, destruísse suas centrífugas, desativasse o reator de Arak e enviasse o material enriquecido para fora do país. Segundo o acordo costurado com o grupo 5+1 (Estados Unidos, Grã-Bretanha, China, Rússia, França e Alemanha), o regime dos aiatolás deve paralisar o enriquecimento de urânio superior a 5%, neutralizar suas reservas de urânio enriquecido a 20% e submeter suas instalações ao controle da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O acordo tem validade de seis meses, período em que se espera por outro pacto, de longo prazo, assegurando que o país não vai produzir armas nucleares.

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O premiê israelense lembrou que, durante as negociações, o Irã não abandonou a retórica em prol da destruição de Israel. “Reitero meu comprometimento em evitar que eles tenham capacidade para fazer isso”. De fato, Teerã manteve seu discurso incendiário enquanto seus negociadores estavam em Genebra. No último dia 20, o grão-aiatolá Ali Khamenei, que tem a última palavra sobre os assuntos do país, afirmou que “os fundamentos do regime sionista foram abalados e ele está fadado a desaparecer”. Também chamou Israel de “cão raivoso”.

Em um pronunciamento transmitido pela TV, o presidente iraniano Hassan Rohani considerou o acordo uma vitória para seu país. Entre 2003 e 2005, período em que conduziu as negociações nucleares do Irã com o Ocidente, Rohani prometeu uma pausa no enriquecimento de urânio. Em 2011, contudo, admitiu em entrevista a um jornal iraniano que usou a suspensão temporária para instalar sorrateiramente equipamentos e aumentar o número de centrífugas. Desde que assumiu a presidência, em agosto, Rohani tem passado uma imagem de moderado. Mas a cautela em relação a suas pretensões – e, principalmente, a dos aiatolás – ainda cabe.

Resultados práticos – O acordo já começou a render os primeiros frutos para o Irã. Nesta segunda-feira, jornais iranianos publicaram que os EUA teriam desbloqueado parte dos fundos que estavam retidos em bancos americanos, num total de 8 bilhões de dólares (cerca de 18 bilhões de reais). Estimativas apontam que mais de 50 bilhões de dólares do Irã que estão em bancos no exterior possam estar bloqueados como resultado das sanções impostas ao país. Algumas sanções datam desde 1979, ano da revolução islâmica, e outras foram impostas nos anos 2000, quando o país começou a enriquecer urânio. Elas não só atingem fundos em bancos estrangeiros, como também limitam as exportações e compras do país.

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