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Israel confirma que soldado está desaparecido em Gaza

Militar foi capturado após ataque a um blindado e Exército não sabe se o soldado foi pego com vida. ONU alerta que desabrigados já chegam a 100 mil

Por Da Redação
22 jul 2014, 07h37

O Exército israelense confirmou nesta terça-feira que um soldado está desaparecido na Faixa de Gaza, mas que não divulgou a identidade do militar. Segundo a imprensa local, que cita fontes das Forças Armadas israelenses, o soldado desapareceu na madrugada de sábado para domingo, em um incidente no qual um blindado foi alvo de um ataque com um foguete antitanque, o que causou a morte de sete soldados da Brigada Golani.

O caso aconteceu no bairro Shahaiya, ao nordeste da Cidade de Gaza, e o Exército israelense investiga as circunstâncias pelas quais o blindado, um modelo velho e desprotegido, foi utilizado ao invés de outros mais modernos. A imprensa local informou que o blindado teve um problema mecânico e que dois dos soldados que estavam dentro do veículo tiveram que sair para tentar solucioná-lo. Nesse momento, ocorreu a explosão pelo impacto do foguete disparado contra uma parte desprotegida do veículo.

As suspeitas indicam que milicianos palestinos levaram um dos dois soldados que estavam fora do blindado. Não se sabe também se o soldado foi capturado com vida ou se apenas seu corpo foi removido do local do ataque. De acordo com um comunicado oficial do Exército israelense, “um veículo armado com sete soldados da Brigada Golani foi severamente danificado em combate”. A nota detalhou que os familiares dos sete militares envolvidos nesse incidente foram informados sobre as circunstâncias do ataque e que seis deles foram identificados. O Canal 10 da televisão israelense informou que a família do soldado desaparecido é do norte do país e que preparava seu funeral quando foi informada por responsáveis militares sobre o seu desaparecimento.

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As Brigadas de Ezedin al-Qassam, o braço armado do Hamas, anunciaram no domingo a captura em combate de um soldado israelense, o que levou vários palestinos às ruas de Gaza e da Cisjordânia, que receberam a notícia com festa. Desde que começou a incursão terrestre na Faixa de Gaza na última quinta-feira, 27 soldados israelenses morreram e mais de 100 ficaram feridos, em uma operação militar destinada a acabar com a capacidade ofensiva do Hamas. Entre os palestinos, desde o início da ofensiva israelense há duas semanas, chega a 584 o número de mortes, a maioria civis. Outras 3.640 ficaram feridas até o momento.

Escudos-humanos – O Hamas costuma ameaçar as pessoas que tentam fugir dos locais dos bombardeios justamente para tentar fazer com que as imagens de vítimas civis choquem o mundo. Em pelo menos uma dessas oportunidades, a Força Aérea israelense suspendeu um ataque depois que dezenas de civis subiram em um prédio que seria bombardeado. Os civis estavam sendo usados como escudos-humanos para proteger instalações do Hamas.

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Nos cinco dias da invasão terrestre, as forças armadas israelenses descobriram 66 entradas de 23 túneis que conduziam ao seu território. A localização e destruição dos túneis é um dos objetivos prioritários dentro da operação e uma das razões alegadas por Israel para iniciar a incursão com tropas de infantaria. Além disso, a operação militar pretende debilitar ao máximo as infraestruturas de lançamento de foguetes do Hamas e de outros grupos armados. Para isso, 2.925 alvos em Gaza foram atingidos, 1.388 deles somente durante a fase terrestre.

Desde essa data e de acordo com as fontes militares, aproximadamente 2.060 projéteis foram lançados contra o sul, o centro e o norte de Israel, chegando a cidades como Haifa, a mais de 150 quilômetros de distância do território palestino. Cerca de 1.600 atingiram Israel, enquanto 396 foram interceptados pelo sistema de defesa antiaérea ‘Domo de Ferro’.

Desabrigados – A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu que o número oficial registrado de deslocados internos pelos bombardeios israelenses chegou nesta terça a mais de 100.000 pessoas, o dobro do esperado pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) em seu plano de contingência. Em comunicado, Chris Gunness, porta-voz da agência na região, informou que já são 69 os albergues-escola disponibilizados pela UNRWA para alojar os cidadãos de Gaza que foram obrigados a deixar suas casas.

Outras fontes afirmam que esse número é bem mais alto, já que muitos palestinos abandonaram seus lares para buscar abrigo na casa de familiares em outra região, enquanto outros muitos tiveram que buscar proteção nos jardins dos hospitais. Além das escolas da UNRWA, os cidadãos de Gaza não têm outro lugar para fugir, já que Israel impõe um cerco militar por terra e mar sobre a Faixa, e o Egito mantém fechada a única passagem que liga o território palestino com o restante do mundo. A Faixa de Gaza é uma área de 362 km² (menor que a Zona Sul de São Paulo ou do Rio), densamente povoada, onde vivem 1,8 milhão de pessoas em meio à miséria, submetidas ao comando do Hamas.

(Com agência EFE)

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