Intervenção ‘não é o caminho’ na Síria, diz chefe da Otan
Secretário-geral Anders Rasmussen descartou uma ação militar contra o regime de Bashar Assad e lamentou os seguidos fracassos diplomáticos da ONU
Para o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, uma intervenção militar na Síria “não é o caminho certo” para resolver o conflito que já matou mais de 10.000 pessoas no país árabe. A declaração de Rasmussen ocorreu nesta quarta-feira, horas após o chefe das forças de paz da ONU qualificar a situação na Síria como uma “guerra civil”.
O líder da Otan assegurou que no momento não há qualquer projeto de uma operação da organização no país comandado pelo ditador Bashar Assad. No início de junho, nos dias posteriores ao massacre de Houla, um dos mais sangrentos do atual conflito sírio, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, já havia descartado qualquer ação militar no país árabe sem o aval da ONU.
Leia também: Exército sírio usa crianças como escudo, relata ONU
Fracassos – Rasmussen lamentou os seguidos fracassos do Conselho de Segurança das Nações Unidos em obter uma resolução que aumente a pressão sobre Damasco e force o regime de Assad a diminuir a violenta repressão contra a população civil. “É ultrajante o que estamos testemunhando e não há dúvidas de que o regime sírio é responsável por violações de leis internacionais”, afirmou.
Mortes – Segundo um dos maiores grupos opositores da Síria, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), mais de 14.000 pessoas, em sua maioria civis, morreram desde o início da revolta contra o governo, em março de 2011, na onda da Primavera Árabe.
(Com Agência France-Presse)