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Inspirados no Egito, Argelinos protestam contra o presidente

Cerca de 2.000 manifestantes estão concentrados no centro da cidade de Argel; dezenas de pessoas já foram detidas

Por Da Redação
12 fev 2011, 16h17

Mais de 1.000 pessoas foram detidas e várias ficaram feridas durante uma manifestação neste sábado, em Argel, na Argélia, informou o porta-voz do partido opositor da Reagrupação Constitucional Democrática (RCD), Mohcen Belabes. O protesto foi convocado contra o regime político do presidente Abdelaziz Bouteflika e atraiu 2.000 pessoas. A manifestação originou uma grande expectativa no país, especialmente após a renúncia na última sexta-feira do presidente egípcio Hosni Mubarak.

A capital do país amanheceu tomada por milhares de policiais, com centenas de furgões e veículos antidistúrbios estacionados em lugares estratégicos do centro e nos principais pontos do percurso da programado para a manifestação. Caminhões equipados com canhões de água, tanques e agentes com metralhadoras nas mãos estão destacados em torno dos edifícios e sedes oficiais do centro de Argel, enquanto centenas de veículos policiais patrulham incessantemente as ruas da cidade. Além disso, vários helicópteros da polícia sobrevoam o centro da cidade desde a manhã deste sábado.

As forças policiais argelinas agiram na tarde deste sábado contra os manifestantes que se mantiveram concentrados perto da praça do Primeiro de Maio no centro de Argel e os dispersaram por várias ruas próximas ao mesmo tempo em que faziam dezenas de detenções. Entre os detidos, há vários dirigentes da Coordenação Nacional pela Democracia e Mudança, grupo que convocou a manifestação, bem como ativistas dos direitos humanos, sindicalistas e jornalistas, acrescentaram as fontes. Também foram detidos jornalistas da imprensa argelina, como do diário árabe “El Khabar”, acrescentaram as fontes.

Os protestos se estenderam a outros locais do país, como Bejaia, Constantina, Anaba e Orán, a segunda cidade argelina, onde também vários ficaram feridos e dezenas foram detidos, informaram fontes da Coordenadoria Nacional pela Democracia e mudança (CNDC), convocadora das manifestações.

Repressão – São vários os policiais uniformizados e à paisana que se misturam ao grupo de manifestantes. Alguns veículos da imprensa argelina asseguram que as forças policiais foram proibidas de utilizar fogo real durante o protesto, embora tenham recebido instruções de evitar qualquer distúrbio. Cerca de 3.000 manifestantes continuavam tentando esta tarde manter o protesto, que iniciou na manhã deste sábado depois que um forte aparato policial impediu a manifestação por uma troca no regime convocada pelos partidos opositores e sociedade civil.

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O presidente da Liga Argelina dos Direitos Humanos (LADDH), Mustapha Bouchachi, discursou aos manifestantes, pedindo-os que abandonem a manifestação para evitar confrontos, mas a maioria persistiu em sua tentativa de protestar de forma pacífica para pedir mudanças no regime. “Estamos fartos deste poder”, gritavam os manifestantes, muitos deles jovens, de diversas classes sociais. Eles empunhavam cartazes com lemas como “abaixo o sistema” e “queremos um país administrado pelos jovens, e não pelos velhos.”

Tal como Bouchachi declarou, as forças de segurança “cortaram todos os acessos à capital e impediram a chegada de manifestantes de outras regiões à capital”, enquanto o transporte público foi suspenso – não circulam ônibus nem trens.”É aberrante que o regime argelino impeça a expressão pacífica dos cidadãos”, disse.

(Com agência EFE)

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