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Infanta da Espanha será ouvida pela Justiça neste sábado

Se as acusações preliminares não forem retiradas, Cristina de Bourbon pode ser o primeiro membro da família real a enfrentar um julgamento criminal

Por Da Redação
7 fev 2014, 09h21

A infanta Cristina de Bourbon, filha mais nova do rei espanhol Juan Carlos, será ouvida pela Justiça neste sábado em um caso de corrupção financeira em que ela e seu marido são suspeitos de envolvimento. Será a primeira vez que um membro da família real espanhola testemunha em um caso judicial. A infanta Cristina enfrenta acusações preliminares de lavagem de dinheiro e apropriação ilícita e, caso a Justiça espanhola prossiga com o processo, também pode ser a primeira pessoa da linhagem real a sentar-se num banco de réus.

O juiz José Castor, de Palma de Mallorca, afirmou em um documento de mais de 200 páginas que há provas de que Cristina, de 48 anos, cometeu os crimes e a convocou para prestar depoimento. A família real espanhola, que há dois anos já tinha excluído Cristina de seu marido Iñaki Urdangarin de todas as cerimônias oficiais, evita comentar o caso. Urdangarin é ex-jogador profissional de handebol, tendo atuado pela seleção espanhola em três Olimpíadas e durante dezesseis anos pelo time do Barcelona. Em 2011, o jornal El País revelou o escândalo de corrupção mostrando que o Instituto Nóos, administrado por Urdangarin e Cristina, recebeu contratos no valor aproximado de 6 milhões de euros (18,3 milhões de reais) de entidades públicas para cumprir trabalhos de incentivo ao esporte que nunca foram realizados

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“Eles usaram essa empresa para embolsar o dinheiro público e também para pagar o menor imposto possível, ou simplesmente enganar o Tesouro”, disse Eduardo Inda à CNN. Inda é jornalista e coautor do livro-reportagem ‘Urdangarin’, sobre a alegada fraude financeira cometida pelo casal. “Na empresa, a princesa Cristina era quem assinava os relatórios anuais”, disse Inda.

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O advogado de Cristina, Miquel Roca, considerado um dos mais experientes da Espanha, afirmou que a decisão de testemunhar foi de Cristina. “Ela não tem nada a esconder, e está convencida de que as acusações preliminares podem ser descartadas. E é melhor testemunhar do que passar uma imagem de covarde”, disse Roca.

O caso envolvendo a infanta volta as manchetes do país justamente após um relatório da Comissão Europeia mostrar que 95% da população acredita que a corrupção é generalizada na Espanha. O descontentamento dos espanhóis com a família real e com o governo é, em boa medida, reflexo da dura crise econômica que atravessam, com o país estagnado e desemprego batendo recordes.

Em novembro, o mesmo juiz José Castro já havia embargado o luxuoso palacete de Pedralbes [confira fotos abaixo], que pertence à infanta Cristina e a seu marido. A Justiça determinou o bloqueio do imóvel, que fica em Barcelona, e de outras dezesseis propriedades menores dos duques de Palma – título real do casal – para cobrir a fraude de 6 milhões de euros do o Instituto Nóos.

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