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Hosni Mubarak deverá ser mantido em prisão domiciliar

Decisão foi tomada pelo governo interino seguindo o estado de emergência

Por Da Redação
21 ago 2013, 18h57

Quando deixar a prisão de Torah, no Cairo, o ex-ditador egípcio Hosni Mubarak, de 85 anos, deverá ser mantido em prisão domiciliar. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo gabinete do primeiro-ministro interino, Hazem al-Beblawi, que também ocupa a função de vice-comandante das Forças Armadas. O comunicado afirma que a decisão é amparada no estado de emergência imposto no Egito. Mais cedo, um tribunal do Cairo havia ordenado que o ex-mandatário fosse libertado, por ter expirado o prazo máximo de dois anos para que continuasse em prisão preventiva.

Entenda o caso

  1. • Na onda das revoltas árabes, egípcios iniciaram, em janeiro de 2011, uma série de protestos exigindo a saída do ditador Hosni Mubarak, há trinta anos no poder. Ele renunciou no dia 11 de fevereiro.
  2. • Durante as manifestações, mais de 800 rebeldes morreram em confronto com as forças de segurança de Mubarak, que foi condenado à prisão perpétua acusado de ordenar os assassinatos.
  3. • Uma Junta Militar assumiu o poder logo após a queda do ditador e até a posse de Mohamed Mursi, eleito em junho de 2012.
  4. • Membro da organização radical islâmica Irmandade Muçulmana, Mursi ampliou os próprios poderes e acelerou a aprovação de uma Constituição de viés autoritário.
  5. • Opositores foram às ruas protestar contra o governo e pedir a renúncia de Mursi, que não conseguiu trazer estabilidade ao país nem resolver a grave crise econômica.
  6. • O Exército derrubou o presidente no dia 3 de julho, e anunciou a formação de um governo de transição, que não foi aceito pelos membros da Irmandade Muçulmana.

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Em entrevista à ABC News na terça-feira, o premiê interino havia dito que o futuro de Mubarak estava entregue ao judiciário do Egito. “Mubarak está sob o controle do sistema legal. Nós aceitaremos a decisão do juiz, seja ela qual for. Não importa se eu gosto ou não. Eu quero que todos tenham uma chance justa no tribunal”.

Na segunda-feira, Mubarak foi inocentado de uma das acusações de corrupção relacionada a desvios de dinheiro público, mas ainda deve ser julgado por conspiração em relação à morte de manifestantes em 2011. No ano passado, o ex-ditador foi condenado à prisão perpétua por não impedir o massacre de manifestantes durante a revolta que o tirou do poder. No entanto, sua defesa entrou com recurso para um novo julgamento, que foi aceito.

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Outra acusação relacionada à reforma do palácio presidencial ainda está pendente, mas não exige que Mubarak permaneça detido porque sua família apresentou propriedades como garantia. Ele deverá sair da prisão nesta quinta-feira.

Na prisão de Torah, no sul da capital, também são mantidos os líderes da Irmandade Muçulmana presos sob a acusação de incitar conflitos no país depois do golpe militar que depôs Mohamed Mursi, eleito democraticamente em junho do ano passado e deposto no dia 3 de julho deste ano.

(Com agência Reuters)

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