Grupo rebelde captura soldados da ONU na Síria
Quatro integrantes da força de paz foram raptados. Rebeldes dizem que eles são mantidos “para sua segurança”, depois de confrontos na região
Quatro integrantes de uma força de paz da ONU foram capturados na Síria, perto das Colinas de Golã, segundo informação de um porta-voz das Nações Unidas. Os quatro faziam uma patrulha perto de Al Jumlah, na Síria, quando um grupo armado os capturou. Funcionários estão trabalhando para garantir que eles sejam libertados com segurança, afirmou a fonte, segundo a rede americana CNN.
A Brigada dos Mártires de Yarmouk, que faz parte do grupo rebelde Exército Sírio Livre, disse que está mantendo os funcionários da ONU “para sua própria segurança”, depois de confrontos entre as forças sírias e o grupo rebelde.
A página da brigada em uma rede social traz uma imagem de quatro homens com uniformes militares com as iniciais da ONU e o nome Filipinas.
Em março, integrantes do mesmo grupo assumiram a responsabilidade pelo sequestro de 21 soldados filipinos na mesma região. Eles foram liberados dias depois. Foi então a primeira vez que integrantes da missão de paz da ONU foram capturados em meio ao conflito na Síria.
Ataque – Dois foguetes lançados pela Síria atingiram as Colinas de Golã, território anexado por Israel no conflito de 1967. A informação foi divulgada nesta segunda-feira pela Força de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês). Um comandante da IDF considerou os disparos acidentais e disse que são resultado da guerra civil na Síria. Para ele, é improvável que o incidente provoque uma guerra entre os dois países.
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Diplomacia – Em visita a Moscou, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse ao presidente russo, Vladimir Putin, que os EUA e a Rússia possuem interesses em comum na Síria e que os dois países podem unir esforços para acabar com mais de dois anos de conflito na Síria, que já deixaram 70.000 mortos.
“Os Estados Unidos acreditam que nós compartilhamos alguns interesses comuns significativos em relação à Síria – estabilidade na região, não ter extremistas criando problemas na região e em outros lugares”, disse Kerry, no início de uma reunião no Kremlin.
Kerry disse esperar que EUA e Rússia cheguem a um consenso em relação à Síria – o governo russo é aliado de Bashar Assad e não quer perder influência em um país estratégico como a Síria. Afirmou ainda que os dois países podem cooperar “significativamente” em temas como a Coreia do Norte e o Irã, além de questões econômicas. A visita de Kerry faz parte de um esforço para melhorar as relações entre os dois países, abalada por desacordos em assuntos como direitos humanos e Síria.
(Com agência Reuters)