Governo do Níger confirma que filho de Kadafi está no país
Saadi Kadafi entrou no território nigerino com outras oito pessoas
Saadi Kadafi, filho do ex-ditador da Líbia Muamar Kadafi, entrou no Níger junto com outras oito pessoas, confirmou neste domingo o ministro nigerino da Justiça e porta-voz do governo, Maru Amadu. Saadi, de 38 anos, é um atleta com ares de playboy que abandonou em 2004 a carreira de jogador de futebol pelo Exército, onde liderou uma unidade de elite.
Entenda o caso
- • A revolta teve início no dia 15 de fevereiro, quando 2.000 pessoas organizaram um protesto em Bengasi, cidade que viria a se tornar reduto da oposição.
- • No dia 27 de março, a Otan passa a controlar as operações no país, servindo de apoio às tropas insurgentes no confronto com as forças de segurança do ditador, que está no poder há 42 anos.
- • Após conquistar outras cidades estratégicas, de leste a oeste do país, os rebeldes conseguem tomar Trípoli, em 21 de agosto, e, dois dias depois, festejam a invasão ao quartel-general de Kadafi.
- • A caçada pelo coronel continua. Logo após ele divulgar uma mensagem em que diz que resistirá ‘até a vitória ou a morte’, os rebeldes ofereceram uma recompensa para quem o capturar – vivo ou morto.
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“Neste dia 11 de setembro, uma patrulha das Forças Armadas nigerinas interceptou um comboio no qual estava um dos filhos de Kadafi”, disse Amadu. “No momento em que falo a vocês, o comboio vai em direção a Agadez (no norte do país). Não descarto que o comboio chegue nesta segunda-feira a Niamey (capital do país)”, acrescentou. O Níger assegurou que respeitaria seus compromissos com a justiça internacional em relação aos partidários do ex-ditador que são procurados e estão em seu território.
Na sexta-feira, um comboio com doze veículos transportando pessoas ligadas ao ditador líbio, chegou a Agadez, capital regional do norte de Níger, escoltado por militares nigerinos. Um dia antes, três generais líbios fiéis a Kadafi haviam chegado a Agadez e permaneceram sob vigilância militar. Segundo o governo nigerino, esses militares eram o general Al-Rifi Ali al-Sharif, chefe da Aeronátutica, o general Ali Khana, chefe da guarda de Kadafi, e o general Mahammed Abydalkarem, comandante da região militar de Murzuk, no extremo sul da Líbia.
(Com agências EFE e France-Presse)
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