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Governo do Líbano desmorona com demissão de 11º ministro

Decisão do grupo está ligada às tensões causadas pelas investigações internacionais sobre o assassinato do ex-premiê Rafik Hariri em 2005. Espera-se que o Hezbollah seja indiciado

Por Da Redação
12 jan 2011, 16h14

O governo de união do Líbano desmoronou, após a demissão apresentada pelo décimo-primeiro ministro, ligado ao presidente da República, que acompanhou os outros dez do Hezbollah e de seus aliados, anunciou nesta quarta-feira a Agência Nacional de Informação libanesa.

A decisão do grupo está ligada às tensões causadas pelas investigações internacionais sobre o assassinato do ex-premiê Rafik Hariri em 2005. Espera-se que o Hezbollah seja indiciado por envolvimento na morte do ex-líder, pai do atual primeiro-ministro. O grupo precisava que mais de um terço do gabinete, formado por 30 ministros, deixasse o governo para derrubá-lo.

“Esse gabinete se tornou um fardo para os libaneses, incapaz de fazer seu trabalho”, disse o ministro da Energia, Jibran Bassil, acompanhado de outros ministros que renunciaram. “Estamos dando uma chance para que outro governo assuma o poder”.

O grupo xiita Hezbollah e seus aliados têm pressionado há meses o primeiro-ministro Saad Hariri a rejeitar o Tribunal Especial para o Líbano, apoiado pela ONU, argumentando que essa corte é parte de um plano feito entre EUA e Israel.

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Bassil disse que os ministros decidiram renunciar depois que Hariri “sucumbiu a pressões estrangeiras e americanas” e virou as costas para os esforços sírios e sauditas. A Síria e a Arábia Saudita tentaram mediar a crise política no Líbano, mas não tiveram sucesso.

Nos últimos dias, o primeiro-ministro Hariri reuniu-se em Nova York com o rei Abdullah, da Arábia Saudita, com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton. Ele se reuniria nesta quarta na Casa Branca com o presidente norte-americano, Barack Obama.

Governo no país – A composição do governo libanês é fruto de prolongadas negociações e é formado por 30 ministros. O bloco opositor é formado por xiitas e cristãos, enquanto o governista, do premiê Hariri, é composto por sunitas e cristãos radicais.

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A lei libanesa prevê que todo governo deve incluir representantes de todas as religiões do país – xiitas. sunitas, druzos e cristãos. Com a saída da oposição e do Hezbollah, a coalizão torna-se ilegal, já que não tem representantes xiitas.

O Líbano é um Estado sectário, já que não existe maioria religiosa. Os cristãos, sunitas e xiitas representam aproximadamente um terço da população cada. Censos não são realizados, o que inviabiliza a determinação de números exatos.

(Agência Estado e AFP)

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