Funcionário deixa NSA após facilitar acesso de Snowden a documentos
O suspeito admitiu que passou sua senha pessoal para o ex-analista acessar arquivos secretos, mas negou saber dos planos de vazá-los à imprensa
Um funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA, em inglês) pediu demissão depois de admitir ao FBI que deixou o ex-analista de inteligência Edward Snowden usar seus dados para ter acesso a relatório secretos. A informação foi divulgada nesta quinta-feira pela rede americana NBC News, com base em um documento da NSA. As revelações feitas por Snowden desvendaram detalhes sobre a rede de espionagem mantida pelo governo dos Estados Unidos contra cidadãos americanos e estrangeiros, chefes de estado aliados e empresas internacionais.
Leia também:
Senador processa Obama e é acusado de roubar ação
Para chanceler brasileiro, discussão sobre espionagem ainda não acabou
O demissionário negou que tivesse conhecimento dos planos do colega de vazar as informações secretas para a imprensa. De acordo com o documento, ele entrou com sua senha de segurança no terminal do computador de Snowden, que gravou a senha, o que lhe proporcionou acesso a uma quantidade ainda maior de informações. Mesmo sem saber das intenções do colega, o funcionário “falhou em seguir as obrigações de segurança”, de acordo com a acusação. Com isso, ele teve sua credencial retirada em novembro e deixou o posto em janeiro deste ano.
Segundo o jornal The Washington Post, o funcionário ouvido pelo FBI é um dos três que estão sendo investigados por terem facilitado o acesso de Snowden aos dados. Uma fonte familiar às investigações disse que nenhum deles foi acusado de conspiração, mas todos deverão responder por violar procedimentos padrão da NSA.
Leia mais:
Empresas de tecnologia vencem processo judicial contra a NSA
Angela Merkel critica NSA em primeiro discurso de seu novo mandato
Os outros dois indivíduos, um integrante do serviço militar americano e um contratado da NSA, tiveram suas credenciais anuladas em agosto. Todos trabalhavam na filial da agência localizada no estado do Havaí, onde Snowden trabalhou durante alguns meses antes de fugir primeiro para Hong Kong e depois para Moscou e fazer as primeiras revelações ao jornalista americano Glenn Greenwald, do jornal The Guardian.
Uma reportagem publicada pela agência de notícias Reuters em novembro do ano passado atestava que Snowden persuadiu funcionários da NSA a entregar suas senhas. O ex-analista de inteligência teria coagido entre 20 a 25 analistas a ceder os seus cadastros nos terminais da agência, alegando que a operação era fundamental para que ele fizesse o seu trabalho como administrador de sistemas. Snowden negou as acusações.
Shopping se manifesta sobre ‘calote’ de Taís Araújo
Ivanir dos Santos entra com representação contra Ludmilla: ‘É crime’
A mais longa das noites: países árabes cooperaram com Israel contra Irã
A morte que vai abalar ‘Renascer’ – e as diferenças para a versão original
Dívida de Taís Araújo em condomínio vira caso de Justiça
