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França e Alemanha querem pacto antiespionagem com EUA

'O objetivo desse marco será estabelecer regras para o futuro', disse Hollande. 'Princípio deve ser: não se espiona, nem no futuro', assinalou Angela Merkel

Por Da Redação
25 out 2013, 00h16

França e Alemanha acertaram nesta quinta-feira que irão impulsionar uma negociação com os Estados Unidos até o final do ano para criar um marco de cooperação sobre as práticas dos serviços secretos, em resposta às recentes denúncias de que os dois países foram espionados pela Agência de Segurança Nacional americana (NSA, na sigla em inglês). A ideia é firmar um acordo que previna a espionagem mútua entre os países. O anúncio conjunto dos governos francês e alemão foi feito no mesmo dia em que o jornal britânico The Guardian noticiou que 35 líderes mundiais foram monitorados pela NSA, segundo documentos fornecidos pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden, delator do programa de espionagem dos EUA.

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“O objetivo desse marco será estabelecer regras para o futuro”, disse o presidente francês François Hollande em entrevista coletiva, na qual ressaltou que “há comportamentos e práticas que não podem ser aceitas”. Segundo Hollande, a iniciativa está também aberta para os outros países europeus que queiram se unir para revitalizar o grupo criado há meses pela União Europeia para discutir o assunto com Washington.

“Vamos fazer todo o possível para conseguir antes do fim de ano um entendimento comum sobre a cooperação dos serviços de inteligência dos Estados Unidos e Alemanha e Estados Unidos e França, respectivamente”, confirmou a chanceler alemã, Angela Merkel. “O princípio deve ser: não se espiona, nem no futuro”, assinalou Merkel, exigindo dos EUA “verdadeiras mudanças” em relação às práticas dos serviços de inteligência.

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Merkel teve o celeular grampeado, apontam indícios colhidos pelo governo alemão e revelados pela revista Der Spiegel. As denúncias levaram a chanceler a ligar para Barack Obama para pedir explicações. O presidente americano reiterou que os EUA “não estão espionando e nem espionarão” o telefone da chanceler, mas não deixou claro se o país chegou a ouvir as chamadas feitas pela chefe de estado no passado.

No caso francês, as relações com a Casa Branca foram estremecidas após reportagem do jornal Le Monde afirmar que, de acordo com documentos também fornecidos por Snowden, os EUA monitoraram 70 milhões de telefonemas na França entre o fim do ano passado e início deste ano. Para o presidente François Hollande, é imperativo conseguir “resultados” nas conversas com Washington para firmar o pacto sobre espionagem, pois “a confiança é essencial entre aliados”.

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O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, explicou por sua vez que os líderes da União Europeia pactuaram uma “declaração final que se somará às conclusões do Conselho e que confirma que os europeus querem saber a verdade”.

(Com agência EFE)

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