Farc devem libertar cinco reféns a partir desta segunda
São dois políticos e três militares; e o Brasil dará apoio logístico no resgate
A partir dessa segunda-feira, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) devem começar a libertar cinco reféns, em um processo que teve inícío no último dia 31. Dois deles são políticos e três são militares. A previsão é de que a operação esteja concluída até o dia 13. A mediação do acordo ficou por conta da ex-senadora Piedad Córdoba. O Brasil dará apoio logístico e de transporte aos sequestrados.
O primeiro a ser libertado será o vereador Marcos Baquero, na região de Villavicencio. Depois, na cidade de Florença, serão soltos o vereador Armando Acuña e o militar Henrique Marinho López Martínez. Por último, na cidade de Ibagué, o policial Guillermo Solórzano e o militar do Exército Salim Sanmiguel devem ganhar a liberdade.
Uma série de protocolos de segurança foram firmados para os resgates, como a suspensão de todas as atividades militares por 36 horas na região onde eles serão libertados. O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, anunciou “todas as garantias logísticas e de segurança” para a operação, cujos detalhes foram debatidos na semana passada em Bogotá com o chanceler brasileiro, Antonio Patriota.
Mais prisioneiros – Atualmente, as Farc mantêm 20 reféns, entre eles policiais, militares e vereadores. Desde 2008, os guerrilheiros libertaram 14 prisioneiros incondicionalmente graças também à mediação de Piedad. Ela acredita que, até junho, todos os reféns das Farc estarão livres. “Tudo pronto para a liturgia com os familiares dos sequestrados, tenho certeza que tudo sairá muito bem na segunda-feira”, escreveu a congressista em seu perfil no Twitter.
Piedad viajará nesta segunda-feira ao Brasil para verificar os helicópteros que serão utilizados nos resgates. Ela e outros dois dirigentes humanitários irão à cidade de São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia, “de onde voltarão com os tripulantes e dois helicópteros brasileiros equipados para a ocasião e que acolherão as cinco pessoas em diferentes pontos da selva”, informou um integrante do grupo Colombianos e Colombianas pela Paz.
(Com agências EFE e France-Presse)