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Extremistas capturam duas cidades próximas de Bagdá

Um dos municípios fica a menos de 100 Km da capital iraquiana. Nos EUA, Obama não descarta a possibilidade de um ataque aéreo contra os extremistas

Por Da Redação
13 jun 2014, 08h25

Insurgentes sunitas capturaram mais duas cidades a nordeste de Bagdá, no Iraque, afirmaram funcionários do governo nesta sexta-feira, reporta a CNN. Policiais disseram que os extremistas do grupo Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) dirigiam jipes armados com metralhadoras e entraram nas cidades de Jalula e Sadiyah, na província de Diyala, ontem à noite. Jalula está localizada a 125 quilômetros de Bagdá e Sadiyah, a 95 quilômetros.

Os policiais afirmaram que os soldados abandonaram seus postos sem qualquer resistência e que forças curdas do norte do Iraque entraram em Jalula para protegerem os escritórios de partidos curdos. Os policiais iraquianos falaram às agências internacionais de notícias sob a condição de não terem o nome publicado, porque não estão autorizados a falar com a mídia.

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Mortes de civis – O número de pessoas mortas depois que militantes sunitas islamitas invadiram a cidade de Mosul no começo da semana pode chegar a centenas, disse nesta sexta o porta-voz da área de direitos humanos da ONU, Rupert Colville. Ele afirmou que seu gabinete tinha informações de que as matanças incluem a execução de dezessete civis que trabalhavam para a polícia e um empregado do Judiciário no centro de Mosul, segunda maior cidade do Iraque, que fica no norte do país.

Quatro mulheres se mataram depois de terem sido estupradas, dezesseis georgianos foram sequestrados e, além disso, prisioneiros libertados por militantes estavam procurando vingar-se dos responsáveis por sua prisão, disse Colville. “Nós recebemos ainda informações indicando que as forças do governo também cometeram excessos, em especial o bombardeio de áreas civis entre 6 e 8 de junho”, disse ele. “Há alegações de que até 30 civis podem ter sido mortos”. (Continue lendo o texto)

Arte/VEJA

Mapa da área de influência do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL)

Ajuda dos EUA – O presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quinta que sua equipe estuda todas as opções frente à onda de violência no Iraque e ao avanço de combatentes jihadistas na direção da capital, Bagdá. “O Iraque vai precisar de mais ajuda dos Estados Unidos e da comunidade internacional. Nossa equipe de segurança nacional estuda todas as opções. Não descarto nada”, afirmou.

Antes das declarações de Obama, uma autoridade americana já havia dito, na véspera, que os Estados Unidos consideram várias opções, entre elas um ataque aéreo com aviões não tripulados, mas que se descarta até o momento o envio de tropas para um ataque terrestre. As forças curdas iraquianas já tomaram o controle da cidade petroleira de Kirkuk, a 240 quilômetros ao norte de Bagdá, para tentar evitar um possível assalto dos jihadistas, disseram autoridades turcas.

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Nesta quinta, o Conselho de Segurança da ONU condenou os atos “terroristas” cometidos no Iraque, onde os combatentes jihadistas continuam avançando para Bagdá, e pediu um diálogo urgente no país entre todas as partes. A Rússia, um dos membros permanentes do Conselho, considerou que o avanço dos rebeldes islâmicos no Iraque ameaça o país e ilustra o “fracasso total da intervenção militar americana e britânica” para derrubar Saddam Hussein em 2003.

O ministro iraquiano das Relações Exteriores, Hosyhar Zebari, admitiu que as forças de segurança, treinadas pelos Estados Unidos antes de retirar suas tropas no final de 2011, “desmoronaram” em Mosul, cidade tomada pelos jihadistas na última terça. Ele garantiu que, agora, o Exército se reorganizou e conseguirá conter os ataques. O Parlamento iraquiano deveria ter se reunido nesta quinta, a pedido do governo dirigido pelo xiita Nouri al Maliki, para decretar estado de emergência. A reunião foi anulada por falta de quórum.

Em Mosul, os jihadistas ainda mantêm cerca de 50 cidadãos turcos sequestrados no consulado da Turquia. O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, exigiu nesta quinta a “libertação imediata” do grupo. Empresas americanas que trabalham com o governo iraquiano começaram a retirar, nesta quinta, centenas de funcionários da base aérea de Balad, próxima a Bagdá, anunciou o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)

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