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Ex-primeira ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, completa um ano na prisão

Prisão ocorreu por desacatos à corte e por assinar com a Rússia contratos de gás considerados onerosos ao país

Por Da Redação
5 ago 2012, 12h42

A ex-primeira ministra da Ucrânia, Yulia Tymoshenko, condenada a sete anos de prisão por abuso de poder ao assinar contratos de gás onerosos com a Rússia, completa neste domingo um ano de prisão. Seu encarceramento, no entanto, virou tema de debate político nacional e internacional. Recentemente, a União Europeia exigiu a liberação da ex-primeira ministra como condição para assinar um Acordo de Associação com a Ucrânia. Na última segunda-feira, Tymoshenko foi escolhida como líder de chapa da oposição nas eleições parlamentares do dia 28 de outubro e um dia depois, ela adiou pela sexta vez o julgamento, alegando dores na coluna. Para analistas políticos, a prisão da ex-primeira ministra a beneficia politicamente.

Tymoshenko foi presa preventivamente em agosto de 2011 por sistemáticos desacatos ao tribunal que a julgava por assinar, em 2009, contratos no setor de gás com a Rússia. Ela é acusada pelo prejuízo de 3,75 milhões de dólares ao estado quando esteve à frente da estatal Sistemas Energéticos Unidos da Ucrânia (SEUU), em meados dos anos 90.

Leia mais:

Julgamento de Yulia Tymoshenko é adiado pela sexta vez

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Inimizades – A prisão de Tymoshenko deu início à quase declarada inimizade da União Europeia (UE) ao presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich e seu governo. O condicionamento da assinatura do Acordo de Associação à libertação de Tymoshenko e à permissão para que ela possa concorrer às eleições legislativas de outubro criou um impasse devido às leis ucranianas e à recusa da própria ex-primeira ministra de pedir indulto a Yanukovich.

Em maio, a Ucrânia se viu obrigada a suspender a cúpula de países da Europa Central em Yalta depois que vários líderes recusaram comparecer ao encontro.

Um mês depois, em junho, a Eurocopa de futebol transformou-se em outra vitrine de problemas diplomáticos após a recusa de alguns chefes de estado de assistir às partidas de suas seleções, realizadas no país.

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Tribuna na prisão – A determinação da Ucrânia de não libertá-la fez com que muitos analistas acreditem que o encarceramento de Tymoshenko é o que mais convém à própria opositora do ponto de vista político. “Yulia Tymoshenko fez de tudo para ser presa e para fazer da prisão sua tribuna. A voz de um político é mais bem escutada de dentro de uma cela do que do Parlamento”, disse à agência russa ‘Ria Novosti’ Dmitri Vídrin, analista político ucraniano.

A Ucrânia, enquanto isso, nada faz a não ser colecionar desgostos e situações diplomáticas desconfortáveis por conta da situação de sua prisioneira mais famosa.

“Se Tymoshenko estivesse em liberdade, as autoridades não teriam muitos dos problemas internacionais cujas consequências sofrem na atualidade”, indicou o diretor do Centro de Pesquisas Políticas de Kiev, Mikhail Pogrebinski.

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(Com agência EFE)

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