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EUA recebem proposta russa sobre a Síria com ceticismo

Chanceler sírio disse que sugestão de colocar armas químicas sob controle internacional é "bem-vinda"

Por Da Redação
9 set 2013, 16h09

A administração Barack Obama recebeu com “ceticismo” a proposta sobre a Síria apresentada nesta segunda-feira pela Rússia. A vice-porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, afirmou que os Estados Unidos irão analisar a proposta “com cuidado”. “É importante analisar o contexto em que este comunicado russo foi feito. Ele só foi sugerido porque existe a ameaça de uma ação militar dos EUA”, disse Marie, segundo a rede CNN.

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O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, anunciou a proposta feita ao regime do ditador Bashar Assad para entregar todas as suas armas químicas à comunidade internacional, a fim de evitar uma intervenção militar americana na guerra civil síria.

Mesmo com proposta russa, o Congresso americano ainda deve aprovar uma ação militar para manter a pressão sobre Damasco, defendeu um membro da cúpula da Casa Branca. Em entrevista coletiva, o vice-conselheiro de Segurança Nacional Tony Blinken, também destacou que a proposta russa foi apresentada “no contexto da ameaça de uma ação dos Estados Unidos”. “Sendo assim, é ainda mais importante que nós não deixemos de exercer essa pressão e que o Congresso dê ao presidente a autoridade que ele solicitou”.

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O chanceler sírio, Walid al-Moualem, disse que considerava a sugestão “bem-vinda”. Afirmou que aguarda uma “resposta rápida e positiva” sobre o assunto. Segundo a agência Reuters, al-Moualem sinalizou que Damasco não encontraria objeções para cumprir as demandas da proposta. “Comunico que a Síria considera a iniciativa russa bem-vinda, motivado pela preocupação dos líderes sírios com as vidas de nossos cidadãos e a segurança do país, e pela confiança na sabedoria da liderança russa, que está tentando prevenir uma agressão americana contra nossa população”, declarou.

O Congresso americano discute esta semana a proposta de intervenção apresentada por Obama. Embora uma pesquisa realizada pela CNN aponte que sete em cada dez americanos rejeitam uma operação militar na Síria, Obama espera ter a resolução aprovada para não sofrer outro golpe de credibilidade. Antes do massacre que deixou 1 400 mortos em Damasco, segundo os EUA, o presidente havia comunicado que considerava o uso de armas químicas uma “linha vermelha” que não poderia ser ultrapassada por Assad na guerra civil. A ideia do governo americano é utilizar embarcações de guerra no Mar Vermelho e no Mar Mediterrâneo para lançar mísseis contra alvos militares do ditador.

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Brincadeira? – Mais cedo, em entrevista coletiva, o secretário de Estado John Kerry disse que Assad “poderia entregar cada uma de suas armas químicas para a comunidade internacional na próxima semana”. Acrescentou, em seguida, que esse cenário é impossível. “Ele não fará isso e isso não pode ser feito, obviamente”.

O Departamento de Estado tentou esclarecer os comentários do secretário dizendo classificando-os de “argumento retórico”. Um funcionário do governo descreveu as declarações como “uma grande brincadeira”. “Não há ninguém na administração que está considerando a proposta síria seriamente”.

A porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki, também tentou contornar a situação depois da fala de Kerry. “A questão é que não se pode confiar que esse ditador brutal, que tem um histórico de brincar com os fatos, vá entregar armas químicas, caso contrário ele já teria feito isso há muito tempo”.

Hillary – A ex-secretária de Estado Hillary Clinton também resolveu comentar o tema nesta segunda. Ela avaliou que uma entrega do armamento químico sírio para controle internacional será um “passo importante”, mas acrescentou que isso não pode servir como “outra desculpa para demora e obstrução”.

Apontada como provável candidata democrata à disputa presidencial em 2016, Hillary fez os comentários depois de se encontrar com Obama. Um assessor afirmou na última semana que ela apoia a decisão do presidente de ouvir o Congresso sobre a ofensiva contra a Síria.

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