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EUA dispostos a ajudar Chen a deixar a China

Por US Embassy Beijing Press Office
3 Maio 2012, 06h58

O governo dos Estados Unidos está disposto a ajudar o ativista chinês dos direitos cívicos Chen Guangcheng caso ele mude de opinião e deseje abandonar a China, afirmou uma fonte americana.

A fonte do governo americano, que pediu anonimato, não quis afirmar se Washington estaria disposto a conceder asilo político e explicou que a posição do militante – que passou seis dias refugiado na embaixada dos Estados Unidos antes de sair da representação na quarta-feira – não está clara.

“Ainda não temos os elementos”, disse a fonte, antes de afirmar que o governo dos Estados Unidos quer saber “se a posição dele mudou e o que deseja”.

O embaixador Gary Locke destacou que Chen “nunca foi obrigado” a sair da embaixada dos Estados Unidos.

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Depois de sair da embaixada na quarta-feira, o advogado cego declarou que pretendia deixar a China porque não se sentia seguro, apesar da intervenção dos Estados Unidos ante as autoridades chinesas para que sua segurança fosse garantida no país.

“Não me sinto seguro, quero sair da China”, declarou à AFP Chen Guangcheng um dia depois de obter “garantias” da China sobre sua segurança se permanecesse no país.

“Quero ir ao exterior. Quero que os Estados Unidos nos ajudem, eu e minha família. Antes me ajudaram”, disse, em uma entrevista por telefone no hospital de Pequim onde foi internado na quarta-feira com um ferimento no pé, depois de deixar a sede diplomática.

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“Aqui não me sinto seguro. Quero partir”, completou.

O militante cego deixou a embaixada americana na quarta-feira, depois de um acordo negociado entre Washington e Pequim que levantou muitas dúvidas.

Horas após abandonar a embaixada, o dissidente declarou à imprensa que foi induzido por funcionários americanos a sair da sede diplomática.

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“A embaixada esteve todo o tempo me pressionando a abandonar o local, e prometeu que haveria gente comigo no hospital, mas quando cheguei ao quarto esta tarde, todos haviam partido”, revelou o dissidente.

O dissidente escapou da prisão domiciliar em 22 de abril, na província de Shandong, após quatro anos de confinamento, e sua presença na embaixada dos EUA provocou uma crise entre Washington e Pequim.

O acordo para a saída da representação diplomática foi oportunamente anunciado na véspera da abertura do “diálogo estratégico e econômico” China-EUA, no dia em que a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, desembarcou em Pequim para as reuniões.

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Amigos de Chen Guangcheng, advogado que critica de maneira dura a política do filho único e os abortos forçados na China, afirmaram que ele abandonou a embaixada dos Estados Unidos por ameaças de represálias contra sua família, que teria sido levada para a província de Shandong (leste) se o ativista prosseguisse com o protesto.

No campo diplomático, o presidente chinês, Hu Jintao, defendeu nesta quinta-feira o respeito mútuo entre Estados Unidos e China na abertura do diálogo estratégico e econômico sino-americano, marcado pelo delicado caso de Chen Guangcheng.

Na abertura dos dois dias de discussões diplomáticas e econômicas em Pequim, Hu pediu às duas maiores potências econômicas do planeta que cooperem, e advertiu que qualquer problema nas relações bilaterais supõe “graves” riscos para o mundo.

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A China pediu aos Estados Unidos que “deixassem de induzir ao erro a opinião pública” no caso Chen Guangcheng, após Hillary Clinton anunciar a persistência do compromisso americano com o militante dos direitos civis.

Nesta quinta-feira, em Pequim, Clinton pediu à China que respeite as “aspirações” e a “dignidade” de seus cidadãos, na inauguração do diálogo estratégico e econômico.

Sem citar Chen Guangcheng, Hillary Clinton afirmou que todos os governos “devem responder às aspirações de seus cidadãos em relação à dignidade e ao estado de direito”.

“Nenhum país pode, nem deve, negar estes direitos” a seu povo.

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