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Escócia planeja ter parlamento independente em 2016

Plano do premiê escocês depende de plebiscito sobre a independência

Por Da Redação
25 jan 2012, 16h55

O primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, revelou nesta quarta-feira que a Escócia poderá ter seu primeiro Parlamento independente da Grã-Bretanha em mais de 300 anos a partir de maio de 2016. Isso vai depender, porém, se os escoceses decidirem se tornar independentes da Grã-Bretanha no plebiscito que deve ocorrer no outono de 2014, de acordo com o cronograma da consulta, publicado nesta quarta pelo gabinete do primeiro-ministro.

Depois de trocar farpas com o premiê britânico David Cameron a respeito da data e do teor da pergunta que será feita no plebiscito, Salmond divulgou a questão à qual os escoceses terão de responder: “Você concorda que a Escócia seja um país independente?”.

Diante do Parlamento escocês, na capital Edimburgo, o premiê detalhou os planos para a consulta popular. Moradores do país que tenham mais de 16 anos devem ter direito a voto e o plebiscito deve custar em torno de 10 milhões de libras (27,5 milhões de reais). Além disso, o líder do Partido Nacionalista Escocês classificou a votação como a “decisão mais importante para a população da Escócia em 300 anos”, em referência ao ano de 1707, quando Inglaterra e Escócia se uniram.

Para Salmond, uma Escócia independente será uma sociedade mais justa e tolerante graças às medidas que foram implantadas na ocasião da autonomia da região. “As pessoas que vivem e trabalham na Escócia são as que devem decidir seu futuro”, afirmou o primeiro-ministro, que disse ainda que , e que as relações do país com a Inglaterra melhorarão.

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Comissão – Apesar de ter vencido a disputa com David Cameron sobre a data do plebiscito – o governo britânico preferia realizar a consulta no ano que vem -, Salmond fez uma concessão a Londres: todo o processo do referendo será coordenado pela Commissão Eleitoral da Grã-Bretanha.

O governo britânico, por sua vez, cedeu em relação ao conteúdo da pergunta a ser feita aos escoceses, assunto no qual a comissão eleitoral da Grã-Bretanha não poderá interferir. No ponto mais alto da troca de acusações, Salmond afirmou que as decisões sobre a votação deviam ser tomadas pelo Parlamento da Escócia e não pelo governo britânico, e acusou Londres de querer interferir num assunto interno escocês.

Pesquisas – Apesar de todo o esforço do premiê da Escócia, as pesquisas mostram que, por enquanto, a opção pela independência não é apoiada pela maioria dos escoceses – a exceção é a camada mais jovem da população, que defende a separação. Ainda assim, Salmond deve continuar a fazer campanha pelo “sim” à independência, como indicou nesta quarta no Parlamento.

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“A independência está baseada em uma ideia simples. O povo que se preocupa mais com a Escócia deveria ser responsável pelo futuro da nação”, afirmou o político, acrescentando que a Escócia manteria uma “nova união social” com o resto das regiões britânicas e o mundo. Mas ele também ressaltou pontos que mudariam: “Não teremos nossos jovens soldados em guerras ilegais como a do Iraque e não teremos armas nucleares em território escocês”.

Salmond lembrou ainda que a ONU se formou quando existiam cinquenta nações independentes no mundo todo, mas que hoje elas já são cerca de 200. “Eu quero que a Escócia seja independente, não porque somos melhores que qualquer outro país, mas porque somos tão bons como qualquer outro país. Nosso futuro, recursos e êxito deveriam estar em nossas mãos”, alegou.

(Com agência EFE)

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