Cristina Kirchner sanciona lei que expropria YPF
Presidente argentina nomeou também o novo gerente-geral da companhia
A presidente da Argentina Cristina Kirchner sancionou nesta sexta-feira a lei de expropriação da petrolífera YPF. A medida foi aprovada pelo congresso na noite de quinta-feira, com apoio da maioria dos parlamentares.
Cristina se proncunciou pela rádio e pela televisão, agradecendo à oposição pelo apoio na votação da lei.
Acolhida pelo Governo, governadores, empresários, sindicalistas e dirigentes governistas, e no meio de vivas, aplausos e hinos peronistas, a presidente assinou a lei que, além de desapropriar a YPF, declara de interesse público o autoabastecimento de hidrocarbonetos.
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Nomeação – A presidente anunciou também nesta sexta-feira a nomeação do engenheiro argentino Miguel Galuccio como novo gerente-geral da companhia petrolífera. Galuccio, de 44 anos, natural da cidade argentina de Paraná, foi repatriado de Londres, onde trabalhava como executivo de projetos da Schlumberger, empresa de serviços de prospecção e perfuração petrolífera.
Ele é um especialista na localização e exploração de hidrocarbonetos, com mais de 20 anos de experiência internacional na indústria de gás e petróleo e trabalhava em jazidas da YPF em Santa Cruz. A nomeação de Galuccio terá que ser ratificado na assembleia de acionistas da YPF, que foi convocada para o próximo dia 4 de junho, anunciou a presidente.
“Temos que fazer uma empresa moderna, competitiva, alinhada com a direção do país”, disse Kirchner após anunciar a nomeação de Galuccio e sancionar a lei de desapropriação de 51% das ações da Repsol em YPF e YPF Gas.
Desde o dia 16 de abril, quando Cristina decretou a intervenção da YPF e enviou ao Parlamento a proposta de desapropriação, a companhia petrolífera estava sob a gestão de um grupo de interventores dirigidos pelo ministro do Planejamento, Julio de Vido, e pelo vice-ministro de Economia, Axel Kicillof.
(Com agência EFE)