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Condição de suspeito de atentado em Boston é grave, mas estável

Tsarnaev está hospitalizado sob vigilância e ainda não consegue se comunicar

Por Da Redação
20 abr 2013, 19h19

Dzhokhar Tsarnaev, o suspeito do atentado à maratona de Boston, que matou três pessoas e deixou mais de 170 feridos, está internado no hospital Beth Israel de Boston em estado grave, mas estável, informou neste sábado o governador do estado de Massachusetts, Deval Patrick. Em entrevista coletiva, Patrick disse que Tsarnaev, que está sob vigilância, ainda não está em condições de se comunicar.

“Esperamos que ele sobreviva, porque temos um milhão de perguntas”, disse o governador. O suspeito foi levado ao hospital ontem à noite para ser tratado dos ferimentos que sofreu desde a noite de quinta-feira durante uma fuga contra 9.000 policiais e na qual seu irmão, Tamerlan, morreu.

Dzhokhar foi encontrado na noite de sexta-feira em um barco de passeio nos fundos de uma casa em Watertown, em Boston. A polícia de Massachusetts divulgou em seu Twitter neste sábado imagens da operação, sendo que três delas foram feitas através de um sensor infravermelho utilizado nas buscas de helicóptero e mostram o suspeito escondido no barco. O dispositivo, que detecta a radiação infravermelha, apontou uma fonte de calor e confirmou que havia uma pessoa, ainda viva, embaixo da cobertura de plástico. A partir daí, as equipes conseguiram localizar e deter Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, apontado como um dos responsáveis pelo atentado em Boston.

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Captura – Após quase uma hora de negociação e troca de tiros com a imponente força dos grupos de elite das agências federais, da polícia estadual, equipes da SWAT de Boston e da Guarda Nacional, Dzhokar, que se encontrava gravemente ferido, decidiu se entregar na noite de sábado. De acordo com a imprensa americana, ao sair do hospital, o suspeito deverá ser interrogado por um ‘grupo de alto nível’ do FBI e da CIA, o qual se encarrega das investigações nos casos de terrorismo. O FBI e a CIA preveem interrogar o suspeito sem contar com seus direitos básicos, como direito a um advogado, fazendo uso de uma exceção presente nas leis antiterrorista da justiça americana.

O escritório da Defensoria Pública Federal em Boston está tentando ser nomeado para representar Dzhokhar Tsarnaev. O gabinete geralmente defende pessoas que não podem pagar seus próprios advogados em casos criminais. Um representante da defensoria, Charles McGinty, disse que os advogados do órgão ainda não falaram com Tsarnaev e que teriam que ser nomeados por um juiz federal. “É por isso que nós estamos tentando adiantar a nomeação, para que ela aconteça o quanto antes”, disse ele.

Caça – Os irmãos de origem chechena Tamerlan Tsarnaev, de 26 anos, e Dzhokhar, de 19, são os suspeitos de perpetrar o atentado que comoveu o país e voltou a trazer o assunto terrorismo à tona. Tamerlan morreu na noite de quinta-feira após um tiroteio com as autoridades, enquanto Dzhokhar, foragido desde então, foi detido e posteriormente internado.

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Eles tinham seis bombas e várias armas de fogo quando enfrentaram a polícia, segundo a agência de notícias France Presse. “Três bombas explodiram. Duas não explodiram e no carro havia ao menos um artefato explosivo que não foi utilizado”, disse o chefe da polícia de Watertown, Edward Deveau. Segundo ele, os primeiros indícios são de que os irmãos Dzhokar e Tamerlan Tsarnaev agiram sozinhos. Os motivos ainda são um grande mistério.

Uma fonte policial disse nesta sábado à agência Reuters que a Rússia colocou o FBI no monitoramento de Tamerlan. Na sexta-feira, o FBI havia reconhecido que passou a investigá-lo após ‘uma dica de um governo estrangeiro’ dois anos atrás e que realizou uma verificação de registros de viagem, atividades na internet e associações pessoais, mas “não encontrou nenhuma atividade terrorista” naquele momento.

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Família – A mãe dos suspeitos, Zubeidat Tsarnaeva, disse a uma televisão estatal russa que seus filhos estavam sob vigilância do FBI há ao menos três anos. “Tamerlan era controlado pelo FBI há cerca de três ou cinco anos”, disse ela.

“Eles sabiam o que o meu filho estava fazendo, eles sabiam em que sites ele entrava na internet”, afirmou Zubeidat por telefone a partir da cidade de Makhachkala. Assim como o pai, Anzor, Zubeidat acredita que seus filhos são inocentes e foram ‘enquadrados’ pela polícia americana.

“Eu não acredito que meus filhos podem ter planejado e organizado o ataque terrorista, porque eles sabiam que os serviços de segurança nacional dos EUA estavam de olho neles”, disse Anzor Tsarnaev à imprensa russa. Zubeidat disse que o FBI visitara a casa da família quando ela ainda morava nos EUA e disse que Tamerlan ‘era realmente um líder extremista e que eles tinham medo dele’.

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Obama – Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convocou neste sábado o Conselho Nacional de Segurança do país, com o qual esteve reunido durante uma hora e meia, para tratar dos últimos avanços sobre a investigação instaurada após o atentado da última segunda-feira em Boston.

De acordo com uma nota emitida pela Casa Branca, Obama ressaltou a necessidade de continuar reunindo informações de inteligência para poder responder às perguntas que ainda não foram esclarecidas sobre as explosões registradas durante a Maratona de Boston.

A assessora do presidente Nacional de Segurança e Antiterrorismo, Lisa Mônaco; o assessor Nacional de Segurança, Tom Donilon: o procurador-geral, Eric Holder; o diretor do FBI, Robert Müller; e a secretária Nacional de Segurança, Janet Napolitano, foram os responsáveis por repassar a Obama os últimos detalhes do caso.

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