Começa greve geral contra o governo na Argentina
Serviços de trem e metrô estão paralisados e protestos tomaram capital
Teve início nesta terça-feira a primeira greve geral para protestar contra a política econômica da presidente Cristina Kirchner. Segundo o jornal Clarín, o centro da capital e as cidades de General Pacheco e Isidro Casanova, também na província de Buenos Aires, já estão paralisados.
Manifestações estudantis interromperam o trânsito na avenida Corrientes y Callao e se concentram em várias esquinas no centro de Buenos Aires. Além disso, todos os acessos à capital foram bloqueados. Serviços de trens, ônibus e metrôs foram interrompidos de forma parcial. As linhas de trem afetadas são de Sarmiento, Mitre, Roca y Belgrano, Sur, e as de metrô são a B e Premetro. A companhia aérea Lan também decidiu suspender os voos internos que partiriam de Buenos Aires nesta terça.
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O movimento de greve está sob coordenação do presidente da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) da Argentina, Hugo Moyano. Pelo menos 160 serviços essenciais devem ser afetados, como a coleta de lixo, o serviço bancário e o transporte público.
O objetivo do movimento é protestar contra a política econômica da presidente Cristina Kirchner, em especial a estratégia do governo de estabelecer índices de inflação oficiais abaixo do aferido por institutos de pesquisa independentes – o que provoca a diminuição do valor de compra dos trabalhadores. Os líderes pedem ainda um aumento de emergência para os aposentados.
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“Com Néstor Kirchner havia respostas. Agora, não somente não há respostas do governo como há negações e ameaças”, disse Hugo Moyano para justificar a forte paralisação. Cristina respondeu a seus opositores no Facebook. “Quero convocar meus companheiros, os trabalhadores, a um exercício de responsabilidade em defesa do governo”, afirmou.