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Combatentes líbios lutam ao lado dos rebeldes na Síria

Chefe da milícia que invadiu o complexo de Kadafi comanda unidade com estrangeiros que auxiliam os rebeldes. Soldados são especialistas em comunicações, logística, questões humanitárias e armas pesadas

Por Da Redação
14 ago 2012, 19h13

Combatentes da guerra civil que derrubou o regime de Muamar Kadafi, na Líbia, estão lutando ao lado dos rebeldes na luta contra o governo sírio do ditador Bashar Assad, relatou à Reuters o líbio Hussam Najjar. Filho de mãe irlandesa, Najjar, que atende pelo nome de Sam, é atirador de elite e fez parte da unidade que invadiu o complexo de Kadafi, em Trípoli.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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Está ao seu lado em terras sírias o responsável pelo ataque ao quartel-general do ex-ditador líbio, Mahdi al-Harati, que tem o comando de uma unidade rebelde do Exército Livre Sírio (ELS) com estrangeiros entre seus integrantes. Ele faz parte de um grupo de vinte veteranos que participaram da revolta na Líbia. Os estrangeiros que auxiliam os rebeldes sírios são especialistas em comunicações, logística, questões humanitárias e armas pesadas.

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O soldado afirmou ainda que ficou surpreso com a desorganização e falta de armamento dos rebeldes sírios.

“Eu quase chorei quando vi as armas deles. As armas são absolutamente inúteis. Estão sendo vendidas sobras da guerra do Iraque, sobras disso e daquilo”, disse ele. “Felizmente, nós sabemos como consertar armas e como mantê-las.”

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O arsenal dos rebeldes se tornou “cinco vezes mais poderoso”, disse ele, desde que chegou há alguns meses. Os combatentes conseguiram obter armas antiaéreas de grande calibre e rifles de precisão.

Najjar apontou a desorganização como o maior problema dos rebeldes sírios. Durante a guerra civil na Líbia, afirmou, a zona de exlusão aérea imposta pela Organização do Tratado do Atlântico Norte permitiu aos grupos que lutavam contra o regime criar grandes campos de treinamento sem serem atacados. “Fomos capazes de treinar entre 1.400 e 1.500 homens e formar pelotões e brigadas. Aqui temos homens espalhados aqui e acolá”.

Falta de unidade – Embora exista muitas unidades rebeldes que lutam sob a bandeira do ELS, os comandos são localizados e mal coordenados, afirmou Najjar. “Um dos principais fatores que adiam a revolução é a falta de unidade entre os rebeldes”, disse ele. A unidade comandada por Harati é conhecida como a Brigada Umma, nome que se refere à comunidade global dos muçulmanos. Najjar disse que milhares combatentes sunitas do mundo árabe estavam se reunindo em países vizinhos dispostos a aderir à causa. Segundo ele, Harati está relutante em aumentar o número de combatentes estrangeiros, pois teme que a causa dos rebeldes sírios possa ser manchada pela infiltração de radicais islâmicos ligados a Al Qaeda.

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