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Com o apoio de sindicatos, protestos contra o governo seguem na Turquia

Novos confrontos foram registrados durante a madrugada em Istambul, Ancara e outras cidades do país. Homem não resistiu a ferimentos

Por Da Redação
5 jun 2013, 13h58

Milhares de pessoas responderam à convocação de dois sindicatos e saíram às ruas nesta quarta-feira em toda a Turquia, no sexto dia consecutivo de protestos que exigem a renúncia do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

Após uma nova madrugada de violência, a Confederação dos Sindicatos do Setor Público (Kesk) e a Confederação Sindical dos Trabalhadores Revolucionários (Disk), dois movimentos de esquerda, anunciaram marchas de protesto e greves nas maiores cidades do país. Em Istambul, os manifestantes se reuniram mais uma vez na Praça Taksim exigindo a renúncia do premiê. Houve protestos similares na capital Ancara, onde milhares de pessoas marcharam levando bandeiras turcas.

Os manifestantes querem mostrar sua força enquanto aguardam o retorno de Erdogan ao país – o primeiro-ministro está em visita oficial ao norte da África. Os protestos continuam mesmo depois de um pedido de desculpas apresentado pelo vice-premiê Bulent Arinc pelo excesso de força policial contra os manifestantes. Duas pessoas morreram desde o início das manifestações, na última semana. Um deles foi um jovem de 22 anos, baleado no início desta semana, na província de Hatay. Ele era militante do Partido Republicano do Povo (CHP), principal agremiação de oposição ao governo, segundo um jornal local. A outra morte durante as manifestações ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando uma pessoa foi atropelada por um veículo particular em Istambul. A Associação Médica do país informou que um homem que estava em estado grave não resistiu e tornou-se a terceira vítima das manifestações. Ele foi identificado como Mehmet Ayvalitas, informou a rede CNN.

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Reivindicações – Após uma reunião com Arinc em Ancara, representantes dos manifestantes exigiram a saída dos chefes de polícia de várias cidades do país, incluindo Istambul e Ancara. Eles também exigiram a libertação das pessoas que foram detidas, o fim do uso de gás lacrimogêneo, o respeito à liberdade de expressão no país e o abandono do plano de destruir o parque Gezi, motivo original dos protestos, que se tornaram uma grande manifestação contra o governo. Como nas noites anteriores, confrontos foram registrados em Istambul e Ancara durante a madrugada desta quarta. Também ocorreram distúrbios na cidade de Hatay, no sudeste do país, perto da fronteira com a Síria.

Na terça-feira, o vice-presidente americano, Joe Biden, demonstrou preocupação com a estabilidade no país aliado da Otan e pediu ao governo turco que respeite os direitos dos opositores políticos. “A Turquia tem a chance de demonstrar que não há motivo para escolher entre o avanço econômico e a democracia”, disse.

(Com agência France-Presse)

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