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China ordena que empresas ajudem na censura à internet

Segundo o jornal The New York Times, as empresas podem ser multadas ou ter serviços de internet suspensos se não cumprirem exigências do governo

Por Da Redação
14 nov 2012, 13h32

Antes da troca de liderança do Partido Comunista, realizada nesta quarta-feira em Pequim, o governo chinês endureceu o controle sobre as informações on-line no país e ordenou que algumas empresas de Pequim e de cidades vizinhas ajudassem no bloqueio, afirma um artigo publicado pelo jornal The New York Times. Segundo o texto, desde o início deste ano, as autoridades chinesas orientam as companhias a comprar e instalar um hardware que registra o tráfego de centenas de milhares de computadores, bloqueia determinados websites e faz conexão com servidores da polícia local. Se não cumprirem as exigências, as empresas enfrentam ameaças de multas e suspensão de serviços de internet. As informações foram obtidas por meio de executivos e diretrizes oficiais.

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O artigo do New York Times destaca que o que o governo chinês busca é manter o poder político do Partido Comunista, sem perder as chances de crescimento econômico para a China. “Toda vez em que acontece algum grande evento político em Pequim, as coisas seguem esse mesmo caminho: os DVDs desaparecem, as prostitutas desaparecem, e a internet fica mais lenta”, disse ao jornal David van Meerendonk, um americano que trabalha em uma companhia de tecnologia da informação na China. “Eles estão lutando para encontrar um ponto de equilíbrio.”

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Nas últimas semanas, o bloqueio parcial da internet chegou a paralisar o acesso ao Google e a outros sites populares. Programas que muitas pessoas usam para burlar a vigilância e chegar a sites estrangeiros bloqueados também foram interrompidos. Alguns provedores de internet tiveram o serviço cortado por horas, como se estivessem em “manutenção”. Ativistas e jornalistas estrangeiros relataram que ataques às suas contas de e-mail também aumentaram.

Hu Jintao, em seu discurso de abertura do Congresso, na última quinta-feira, não deu qualquer sinal de relaxamento no controle on-line. “Devemos fortalecer a gestão social da internet e promover uma operação de rede padronizada e ordenada”, disse. A polícia e outras agências contam com uma legião de censores locais, além de filtragens automáticas e regulação estrita de prestadores de serviços na internet. E as autoridades dizem que suas políticas de segurança on-line são necessárias para “combater a fraude generalizada”, ataques cibernéticos, pornografia e falsos rumores.

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