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China destitui Bo Xilai, chefe do PC em Chongqing

Político teve a carreira abalada em fevereiro com a queda de seu adjunto

Por Da Redação
15 mar 2012, 07h12

Bo Xilai, o chefe do Partido Comunista do município autônomo de Chongqing, uma das maiores cidades da China, foi destituído do cargo, informou nesta quinta-feira a agência Nova China. Bo, que pretendia entrar no Comitê Permanente do Bureau Político do Partido Comunista Chinês (PCC), teve a carreira abalada em fevereiro, com a queda de seu adjunto. O caso abriu a crise política mais grave na China desde o massacre da Praça da Paz Celestial em 1989.

O carismático e controverso político foi substituído por Zhang Dejiang, um vice-premiê considerado conservador. A decisão de nomeá-lo foi tomada pelo Comitê Central do PCC, informou a agência um dia após a plenária anual do Parlamento. Ele planejava se tornar um dos líderes do país na próxima década. Sua ambição de chegar ao núcleo de direção do Partido Comunista Chinês (PCCh) e talvez um dia a “número um” foi barrada pela sua cessação fulminante como chefe comunista de uma prefeitura de quase 40 milhões de habitantes, apenas 20 horas depois de o primeiro-ministro, Wen Jiabao, ter pedido reformas políticas para evitar uma nova Revolução Cultural.

Histórico – Bo Xilai ficou conhecido por ser o arquiteto da espetacular transformação da cidade de Chongqing, convertida em importante centro econômico da China e apresentada como a maior megalópole do planeta. Ex-ministro do Comércio, liderou uma vigorosa campanha contra as máfias em Chongqing, onde pretendia reviver o ideal revolucionário mais de 30 anos após a morte de Mao Tsé Tung. Bo passou cinco anos preso por pertencer a uma família considerada intelectual e crítica ao sistema durante a Revolução Cultural.

Seu pai era Bo Yibo, um importante líder do PCCh e companheiro de Mao Tsé-tung que foi perseguido nessa época; já sua mãe acabou cometendo suicídio. Após ser reabilitado pelo regime, Bo tentou marcar sua ascensão política com a recuperação de tradições maoístas que o levaram a ser apelidado de ‘vermelho’, enquanto fazia reformas e lutava contra as poderosas máfias da região.

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Mas Wang Lijun, ex-chefe de polícia que combatia implacavelmente a corrupção, revelou, primeiro ao consulado dos EUA em Chengdu e depois em Pequim, onde está em liberdade vigiada, o lado obscuro do “modelo Bo” e de Chongqing como laboratório político. Segundo disseram à agência de notícias EFE fontes ligadas ao PCCh, Pequim viu um risco iminente de enfrentamento entre o Exército e o partido se os militares do sudoeste do país oferecessem proteção a Bo por serem amigos de seu pai. Wang, que também foi destituído, pode ser acusado de traição por revelar “ao inimigo” – os Estados Unidos – segredos do PCCh, e pode ser até condenado à morte, segundo analistas consultados pela EFE.

(Com agência France-Presse)

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