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China autoriza dissidente cego a ‘estudar no exterior’

Ministério das Relações Exteriores chinês abre caminho para fim de crise

Por Da Redação
4 Maio 2012, 03h17

O dissidente Chen Guangcheng, que protagoniza uma crise diplomática entre a China e os Estados Unidos por ter recebido abrigo na embaixada americana em Pequim, poderá se inscrever para estudar fora do país, afirmou o Ministério das Relações Exteriores da China, segundo um comunicado da agência estatal Xinhua.

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“Se ele desejar estudar no exterior, como um cidadão chinês, ele pode como qualquer outro cidadão chinês iniciar os procedimentos adequados, no departamento adequado através dos canais normais e de acordo com a lei”, disse o porta-voz do ministério, Liu Weimin.

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A declaração abre caminho para o fim da tensão diplomática entre o governo chinês e o americano. Desde a última quarta-feira, o futuro de Chen, um dos dissidentes chineses mais famosos e respeitados, afetou o “diálogo estratégico e econômico” China-EUA, iniciado nesta quinta-feira em Pequim com a presença da secretária de estado americana, Hillary Clinton.

Internado em um hospital e sob custódia da polícia após ter deixado a embaixada dos EUA, onde permaneceu por seis dias, Chen Guangcheng expressou nesta quinta-feira o desejo de se mudar para os Estados Unidos. De acordo com a rede americana CNN, o advogado falou por telefone com parlamentares americanos.

“A China alegou que garantiria meus direitos constitucionais e disse que eu era um homem livre”, disse o dissidente, “e eu quero que eles mantenham o compromisso permitindo que eu viaje para o exterior”. Chen disse ainda que deseja se encontrar com a secretária Hillary Clinton “para agradecê-la pessoalmente”.

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Caso – Na semana passada, Chen Guangcheng escapou da prisão domiciliar, na província de Shandong, e se refugiou na embaixada americana. Após negociações entre EUA e China, ele foi levado a um hospital de Pequim.

Pelo acordo, o governo chinês deu garantias de que Chen poderia reunir-se com sua família, começar com normalidade uma nova vida fora de Shandong e realizar estudos universitários. Os EUA se comprometeram a seguir atentos à situação do defensor de direitos humanos, que denunciou abusos nos programas de aborto e esterilizações forçadas relacionados à “política do filho único” vigente na China.

Segundo Washington, Chen abandonou a embaixada por vontade própria e, em nenhum momento, pediu asilo político ou manifestou desejo de abandonar seu país. Porém, o dissidente declarou que funcionários americanos lhe avisaram que, se não aceitasse a saída, as autoridades chinesas haviam declarado que sua família, que tinha sido transferida a Pequim, teria que retornar a Shandong.

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