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Caso Amanda Knox: tribunal descarta tese de morte durante orgia

Texto que deu suporte para a condenação da americana, em janeiro, afirma que Amanda e o ex-namorado Sollecito desferiram os golpes que mataram Meredith

Por Da Redação
29 abr 2014, 17h04

A Corte de Apelação de Florença que condenou em janeiro a estudante Amanda Knox pelo assassinato de Meredith Kercher, em 2007, concluiu que ela matou a colega de quarto depois de uma discussão e não durante um jogo sexual. A explicação está em um documento de 337 páginas divulgado nesta terça-feira. O texto afirma que a própria Amanda empunhou uma das facas usadas no assassinato – segundo os juízes, pelo menos duas foram usadas contra a estudante britânica de 21 anos.

Citando a natureza dos ferimentos, o tribunal concluiu que o traficante marfinense Rudy Guede não agiu sozinho – ele foi condenado em um julgamento separado e cumpre pena de 16 anos de prisão. Rudy, Amanda e o então namorado da americana Raffaele Sollecito atacaram Meredith juntos. Segundo o documento, o marfinense violentou a britânica “para satisfazer seu instinto sexual”, enquanto o casal participou porque queria “humilhar” a estudante. Em seguida, a vítima foi morta para que não pudesse denunciá-los.

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Para a corte de Florença, a teoria de que a morte ocorreu durante um jogo sexual que deu errado não é plausível. Considerou-se que seria improvável que quatro jovens iniciassem um grupo para atividade sexual e que, de repente, Meredith não quisesse mais continuar. “O ataque cometido contra a britânica foi simultâneo e levado adiante pelos três envolvidos, que colaboraram para se chegar ao objetivo final: imobilizar Meredith Kercher e violentá-la”, afirma a corte nas motivações para a sentença, segundo trecho reproduzido pela agência italiana Ansa.

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Em sua decisão, o tribunal considerou que a britânica não teria nunca concordado com algo do tipo. Em vez disso, o assassinato teria ocorrido depois de uma briga que saiu do controle, em uma noite em que Amanda e Sollecito haviam consumido drogas e levado o traficante para o flat em que moravam. O jornal italiano La Stampa acrescenta que a britânica tinha “consideráveis reservas quanto ao comportamento” da americana.

Em janeiro, a corte condenou Amanda a 28 anos e seis meses de prisão, enquanto Sollecito foi condenado a 25 anos atrás das grades. O casal foi condenado em 2009 e absolvido em 2011. A decisão, porém, foi anulada pela Suprema Corte italiana. Após a reabertura do caso, os dois foram condenados à prisão, mas ainda estão em liberdade – Amanda mora em Seattle, nos Estados Unidos, e já disse que não pretende voltar à Itália. Sollecito entregou seu passaporte à Justiça italiana. O casal sempre alegou inocência.

(Com agência Reuters)

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