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‘Carlos, o Chacal’ é condenado a 2ª prisão perpétua

Venezuelano, que já cumpre pena por assassinatos de policiais franceses e um informante, foi considerado culpado de quatro atentados na década de 80

Por Da Redação
15 dez 2011, 20h42

O terrorista venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, mais conhecido como “Carlos, o Chacal”, de 62 anos, foi condenado nesta quinta-feira por um tribunal especial de Paris à prisão perpétua, por quatro atentados cometidos na França nos anos 80. Os ataques deixaram 11 mortos e 150 feridos. É a segunda condenação à prisão perpétua que “Carlos” recebe na França – ele recebeu a mesma pena em 1997, durante o julgamento pelo assasinato de dois policiais franceses e de um informante em 1975.

Entenda o caso

  1. • Na França, “Carlos, o Chacal” é acusado de organizar quatro atentados nos anos 80, com o objetivo de libertar dois cúmplices.
  2. • Os ataques deixaram onze mortos: cinco em um trem em 1982, um após um carro-bomba ser acionado em frente à sede de uma revista no mesmo ano, dois em um atentado a uma estação de trem e mais três no ataque a outro trem – estes dois últimos, em 1983.
  3. • O terrorista foi preso no Sudão em 1994 e não saiu mais das prisões francesas – onde cumpre pena perpétua pela morte de três homens, entre eles dois policiais, em 1975.

O tribunal atribuiu ao réu a punição exata solicitada pela promotoria na última terça-feira, que inclui dezoito anos de prisão obrigatória antes de uma eventual remissão. Os dois primeiros atentados cometidos pelo terrorista venezuelano aconteceram em 1982. No dia 29 de março, uma bomba explodiu no trem Paris-Toulouse e em 22 de abril do mesmo ano, foi a vez de um carro-bomba ser detonado na rua Marbeuf, em Paris. Os outros dois foram em 31 de dezembro de 1983, quando bombas explodiram na estação Saint-Charles, de Marselha, e no trem Marselha-Paris.

Em sua defesa, o venezuelano negou ter participado dos ataques. A advogada Isabelle Coutant-Peyre, que defende “Carlos”, já anunciou que vai recorrer e chamou a decisão de “escândalo”. O tribunal especial também condenou à prisão perpétua dois colaboradores de “Carlos”: o alemão Johannes Weinrich, ex-braço direito do venezuelano, que já cumpre perpétua na Alemanha por atentado cometido em 1983, e o palestino Ali Kamal Al Issawi, foragido. A alemã Christa Frohlich, também julgada pelos quatro atentados, foi absolvida.

“Carlos, o Chacal” pegou nova prisão perpétua (VEJA)
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Periculosidade – O julgamento de “Carlos” começou em 7 de novembro, quando os promotores envolvidos no caso advertiram que uma remissão da pena anterior significaria beneficar um criminoso de “extrema periculosidade atual, absoluta e constante”. No decorrer do processo, ele descreveu a si mesmo como um “homem de combate” e um “revolucionário de profissão“.

Nesta quinta-feira, antes de ouvir a sentença, “Carlos” fez uma declaração que durou quase cinco horas. “Eu sou um arquivo vivo. A maioria das pessoas de meu nível estão mortas”, afirmou o venezuelano, que também leu um texto em memória do ex-ditador líbio Muamar Kadafi, que financiou ataques terroristas e foi morto no último mês de outubo.

Durante este julgamento, ele recebeu apoio legal, diplomático e logístico do governo de seu país natal, a Venezuela. Defensor de “Carlos”, o presidente Hugo Chávez já o chamou de um “digno continuador das grandes lutas pelos povos”.

(Com agência France-Presse)

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