Cameron defende autodeterminação nas Ilhas Malvinas
No aniversário do conflito, premiê britânico lembrou os mortos dos dois lados
O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, reiterou nesta segunda-feira seu compromisso de defender a autodeterminação dos moradores da ilhas Malvinas ao lembrar o trigésimo aniversário da guerra com a Argentina pela soberania do arquipélago.
“Hoje faz trinta anos que a população das ilhas Falklands (como os britânicos chamam as Malvinas) sofreram um ato de agressão que buscava tirar sua liberdade e estilo de vida”, disse Cameron em declaração divulgada pela imprensa britânica.
O premiê prestou uma homenagem aos combatentes britânicos e argentinos mortos no conflito, mas não deixou de elogiar as forças enviadas pela então primeira-ministra britânica, Margaret Thatcher, para o conflito. “Hoje também é um dia de comemoração e reflexão. Um dia para lembrar todos os que perderam a vida no conflito: os membros de nossas forças armadas e também os argentinos”, afirmou o primeiro-ministro.
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Tensão – O aniversário do conflito ocorre em meio a uma escalada da tensão entre os dois países devido à insistência de Buenos Aires em reclamar a soberania das ilhas. A situação se agravou desde que em 2011 os países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Brasil) acordaram impedir a entrada de navios com bandeira das Malvinas em seus portos.
No mês passado, a Grã-Bretanha anunciou o envio às ilhas do destróier HMS Dauntless, equipado com mísseis antiaéreos, cujo desdobramento causou mal-estar na Argentina, que acusou Londres perante a ONU de militarizar a disputa pela soberania das ilhas. Buenos Aires também questionou a presença do príncipe William nas ilhas em fevereiro, como parte de uma instrução militar.
O conflito bélico de 1982, no qual morreram 255 militares britânicos e 650 argentinos, começou quando soldados argentinos da junta militar de governo ocuparam as ilhas em 2 de abril e terminou com a vitória britânica em 14 de junho.
(Com agência EFE)