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Berlusconi pede ‘sacrifícios’ para formação de alianças

Sem nenhum partido com maioria no Senado, país vive impasse político após eleições. Ex-premiê disse ainda que formação de alianças 'levará seu tempo'

Por Da Redação
26 fev 2013, 07h03

O líder da coalizão de centro-direita e ex-primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, pediu nesta terça-feira o “sacrifício” da classe política para que alianças sejam formadas entre os partidos e o país possa ser governado. As declarações foram feitas por telefone em um programa da TV Canale 5 e foram a resposta de Berlusconi à situação de ingovernabilidade instalada depois que nenhum partido conseguiu maioria no Senado nas eleições gerais italianas, realizadas nos últimos dois dias.

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“Pelo bem da Itália, todos temos que fazer sacrifícios. Não acho que a Itália não possa ser governada”, afirmou o ex-premiê, que disse não acreditar na realização de novas eleições. Isso pode ocorrer se, após o presidente Giorgio Napolitano consultar as lideranças políticas para decidir quem será convidado a formar o governo, nenhum nome tiver a chancela da maioria. Para piorar, o período de incerteza deverá se prolongar, já que o novo Parlamento só será convocado em 15 de março.

Questionado se estuda possíveis alianças no Senado com a coalizão de centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani – que conquistou a maioria na Câmara – para promover reformas como a nova lei eleitoral, Berlusconi se limitou a explicar que agora “todos temos que refletir, e isso (a formação de alianças) levará seu tempo”.

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Para o ex-premiê, desacreditado no início da campanha, o resultado positivo do pleito é que ficaram fora do Parlamento personagens como Gianfranco Fini, um de seus ex-aliados, e os ex-juízes Antonio Di Pietro e Antonio Ingroia. O ex-primeiro-ministro se recuperou na corrida eleitoral com uma estratégia de onipresença nas TVs italianas.

Com propostas populistas, como a de devolver o imposto imobiliário de 2012, uma das medidas de autoridade impostas por Monti para tentar equilibrar as contas do governo. Com isso, sua coalizão ficou a cerca de 120.000 votos da vitória na Câmara dos Deputados e, apesar de afirmar que não tem motivos para suspeitar de fraude eleitoral, Berlusconi informou que Angelino Alfano, secretário-geral de seu partido O Povo da Liberdade, pediu a recontagem dos votos, já que suas pesquisas lhes atribuíam a maioria na Câmara.

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No Senado, a coalizão de Berlusconi obteve 30,7% dos votos, o que representa 117 senadores, enquanto a centro-esquerda somou 31,6% do total, ou seja, 120 cadeiras. O voto de protesto acabou sendo o protagonista dos dois dias de votação, que deram o terceiro lugar nas duas Casas ao comediante genovês Beppe Grillo. A campanha de seu Movimento Cinco Estrelas foi baseada em promessas vagas e candidatos quase desconhecidos, mas conseguiu atrair eleitores insatisfeitos com o sistema político. A legenda se tornou o principal partido único da Câmara ao somar 25,5% dos votos, pelo que terá 108 deputados.

Já o atual primeiro-ministro, Mario Monti, demissionário mas que resolveu concorrer a um novo mandato, conquistou 10,5% dos votos na Câmara dos Deputados (45 cadeiras) e 9,1% no Senado (18 vagas).

(Com agência EFE)

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