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Bae diz temer por sua saúde em prisão na Coreia do Norte

Pyongyang retira convite a enviado dos Estados Unidos que negociaria situação do cidadão americano, condenado a 15 anos de trabalhos forçados

Por Da Redação
10 fev 2014, 09h11

Em um vídeo divulgado nesta segunda-feira, o coreano-americano Kenneth Bae, preso desde 2012 na Coreia do Norte, diz estar preocupado com sua saúde. Depois de passar um período hospitalizado, ele foi enviado de volta ao campo de trabalhos forçados no qual cumpre sentença, acusado de subversão. “Eu sei que se eu continuar aqui nos próximos meses, provavelmente serei mandado ao hospital de novo”, diz Bae, nas imagens de uma conversa com uma diplomata sueca que teriam sido gravadas na última sexta. O vídeo foi divulgado por um jornal pró-Coreia do Norte, com sede no Japão.

As declarações de Bae foram reproduzidas pela rede americana CNN. Nelas, o americano diz estar perdendo peso e expressa confiança no envio de um representante dos Estados Unidos para conversar sobre seu caso. No fim de semana, no entanto, Pyongyang retirou o convite ao embaixador Robert King, sem dar explicações. Não é a primeira vez que o convite ao enviado especial dos EUA para os direitos humanos na Coreia do Norte é retirado.

“Estamos profundamente decepcionados com a decisão da Coreia do Norte – pela segunda vez – de retirar o convite ao embaixador King para viajar a Pyongyang para discutir a libertação de Kenneth Bae”, afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Jen Psaki. O governo americano pede uma anistia e a libertação imediata de Bae como um gesto humanitário.

Depois da retirada do convite ao enviado americano, a agência de notícias estatal da Coreia do Norte divulgou que o ex-embaixador americano para a Coreia do Sul Donald Gregg havia chegado a Pyongyang. A agência não informou o objetivo da visita de Gregg, que atualmente preside uma ONG que promove a educação, o diálogo político e a pesquisa na região do Pacífico.

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Exercícios de defesa – Ao mesmo tempo, Coreia do Sul e Estados Unidos anunciaram que vão realizar exercícios militares conjuntos em 24 de fevereiro, mas Psaki insistiu que a medida não é uma tentativa de pressionar Pyongyang a libertar Bae. “Recordamos a RPDC que os exercícios militares são transparentes, programados de forma regular e orientados à defesa”, afirmou, usando a sigla do nome formal da Coreia do Norte – República Popular Democrática da Coreia. “Os exercícios não estão de nenhuma forma vinculados ao caso de Bae”, enfatizou.

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No vídeo, Bae menciona os exercícios militares e diz temer que a ação aumente as tensões na região. Ele pede à diplomata Cecilia Anderberg que diga a seus familiares que ele “não desistiu nem perdeu as esperanças”.

Bae foi condenado a quinze anos de trabalhos forçados sob acusações de tentativa de derrubar o regime e de incitar os norte-coreanos a “cometer atos hostis para acabar com o governo, por meio de uma campanha de difamação”. Ele foi detido ao entrar na Coreia do Norte pela cidade portuária de Rason com visto de turista e começou a cumprir a condenação em maio de 2013. Em agosto, depois de perder mais de 23 quilos e de ter problemas no fígado e nos rins, ele foi hospitalizado. Só voltou para a prisão na última semana.

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(Com agência France-Presse)

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