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Autoridade síria diz que ataque é “declaração de guerra”

Em entrevista à CNN, fonte do governo sírio faz ameaça de retaliação. TV estatal da Síria diz que "mísseis estão prontos para atacar" depois de bombardeio

Por Da Redação
5 Maio 2013, 20h54

Uma autoridade síria afirmou neste domingo que o ataque deste domingo contra o país foi uma “declaração de guerra” de Israel. “Quando eles atacam, isso é uma declaração de guerra. Isso não é algo novo. Nós já lidamos com isso em várias ocasiões, e retaliamos da forma que quisemos”, disse o vice-ministro de Relações Exteriores Faisal al Mekdad, em entrevista à rede americana CNN. Também na noite deste domingo, a TV estatal síria informou que “mísseis estão prontos para atacar alvos precisos” em caso de “uma nova violação”.

As declarações são uma reação às explosões que iluminaram o céu da região de Damasco nas primeiras horas desde domingo. O governo sírio responsabilizou Israel pelos ataques – foram dois em menos de três dias. Israel não fez nenhum comentário oficialmente, mas fontes de segurança do país confirmaram que o ataque teve como objetivo impedir a transferência de mísseis iranianos ao Hezbollah, grupo xiita libanês aliado de Bashar Assad. As armas poderiam ser usadas contra Israel. Baterias antimísseis foram posicionadas no norte do país, onde o espaço aéreo está fechado até o dia 9 de maio.

O ataque teve como alvo um centro de pesquisas científicas em Jamraya, que já tinha sido bombardeado no final de janeiro por Israel, além de dois alvos militares – um grande depósito de munições e uma unidade da defesa antiaérea -, segundo um diplomata em Beirute que pediu para não ser identificado. “Cada vez que Israel tiver informações sobre a transferência de mísseis ou armas da Síria para o Líbano (para o Hezbollah), serão atacados”, disse a autoridade israelense.

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O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, expressou “grave preocupação” em relação aos bombardeios, mas ressaltou que a ONU não tem condições de “verificar de forma independente o que aconteceu”. Esta é a terceira vez este ano que Israel é acusada pela Síria de comandar ataques contra o território sírio.

O Irã reagiu oferecendo “treinamento” ao Exército sírio. “A Síria tem um Exército poderoso e, com a estrutura e a experiência que possui contra o regime sionista, pode, sem dúvida, defender-se. Se eles precisarem de treinamento, porém, nós aceitamos ajudá-los”, avisou o general Ahmad Reza Pourdastan, segundo a agência iraniana de notícias Fars.

Moradores do noroeste de Damasco, a alguns quilômetros de Jamraya, descreveram a série de ataques como “um tremor de terra”, falando de “um céu vermelho e amarelo aterrorizante”. Para o governo sírio, esse ataque torna a situação regional mais perigosa e prova que os rebeldes são “ferramentas de Israel dentro” do país.

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Reações – O presidente americano, Barack Obama, declarou no sábado que é justificável que os israelenses tentem se “proteger contra a transferência de armas sofisticadas para organizações terroristas como o Hezbollah”.

O Egito e a Liga Árabe condenaram neste domingo os ataques efetuados por Israel na Síria, enquanto a organização pan-árabe pediu que o Conselho de Segurança da ONU “aja imediatamente” para impedi-los.

O chefe da diplomacia britânica, William Hague, considerou que o ataque ilustra o “perigo crescente para a paz” na região e ressaltou a necessidade de retirar o embargo europeu ao envio de armas para os rebeldes sírios.

A Áustria discordou. “Não há ligação entre a questão do embargo sobre o fornecimento de armas e os ataques israelenses na Síria. Pelo contrário, isso mostra que há armamentos demais na Síria”, indicou o ministro de Relações Exteriores, Michael Spindelegger.

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(Com agência France Presse)

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