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Ator George Clooney acompanha a votação no Sudão e faz alerta sobre o risco de novos conflitos

Por Da Redação
9 jan 2011, 16h51

O ator americano George Clooney está no Sudão para acompanhar a votação que pode resultar no surgimento de uma nova nação ao sul do Sudão. Em meio à alegria da população pelo referendo, ele diz ter a obrigação de alertar as pessoas sobre o risco de uma nova onda de violência no país. “Me sinto um estraga-prazeres”, afirmou, em entrevista na capital do que pode ser o Sudão Sul, Juba.

No seu papel de ativista dos direitos humanos, Clooney está na cidade desde quinta-feira, em uma demonstração de apoio à empobrecida região. O ator está envolvido em um projeto de mapeamento destinado a impedir abusos no Sudão, denominado “Satellite Sentinel Project”. A iniciativa, realizada em parceria com o Google, vai combinar imagens de satélites e relatórios de campo para monitorar a instável região de fronteira do Sudão durante o .

Cerca de 3,9 milhões de sulistas se registraram para votar no referendo, um elemento-chave do acordo de paz de 2005 (CPA), que terminou com 22 anos de guerra civil norte-sul, na qual cerca de dois milhões de pessoas morreram.

O acordo também estabelecia que a disputada região fronteiriça de Abyei deveria ter seu destino decidido simultaneamente, se deveria fazer parte do norte ou se juntaria ao potencialmente independente sul. Essa votação, no entanto, foi adiada por tempo indeterminado porque as partes não chegaram a um acordo para decidir sobre quem teria direito a voto.

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Em Abyei “há duas tribos, os Misseriya e os Ngok Dinka, que se opõem… Se começar a criar faíscas e uma dessas duas tropas se mover, quebrando o acordo CPA, então se inicia uma guerra norte-sul”, disse Clooney.

“Então é por isso que somos uma espécie de gambá na sala”, acrescentou o ator de 49 anos, que também esteve envolvido na conscientização sobre a situação de Darfur, região do oeste do Sudão devastada por uma guerra.

Quando perguntado se gostaria de dar um soco ou falar com o presidente do Sudão, Omar al-Bashir, indiciado por genocídio em Darfur pelo Tribunal Penal Internacional, Clooney disse que iria levá-lo até sua casa e convidar alguns membros do tribunal para jantar. “Veremos o que acontece”, disse ele. “Eu gostaria que ele saísse de seu casulo protegido”.

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O ator afirmou que as pessoas que o criticam por seu trabalho humanitário devem apenas se afastar. “Se eles não gostam do que estamos tentando fazer, então que saiam do caminho, eu não me importo”, disse ele. “Tentamos salvar a vida de algumas pessoas. Se tivermos sucesso, que bom; se não formos, nós tentamos. Eu não vejo um lado ruim nisso”.

Perguntado sobre porque tão poucos filmes são feitos sobre a África, o ator afirmou que é muito difícil encontrar um bom roteiro sobre temas tão espinhosos como Darfur. “Nós recebemos roteiros o tempo todo sobre problemas em Darfur, no Sudão, mas precisam ser bons roteiros para que possamos fazê-los”, disse o ator. “Eu sei que soa como uma piada, mas eles são realmente difíceis de encontrar”, acrescentou Clooney.

(Com Agência France-Presse)

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