Ativistas do Greenpeace serão transferidos de prisão
As autoridades russas informaram que os 30 ativistas serão movidos para uma cadeia em São Petersburgo. A brasileira Ana Paula Maciel está entre os detidos
As autoridades russas irão transferir os 30 ativistas do Greenpeace presos para uma penitenciária em São Petersburgo. Segundo a rede britânica BBC, a organização ecológica soube da mudança de prisão por meio de fontes diplomáticas, mas não conseguiu especificar os motivos. Os ativistas estão desde setembro em uma cadeia localizada na gélida Murmansk, ao leste da Rússia. Eles foram detidos durante um protesto na plataforma da empresa estatal Gazprom, responsável pela exploração de petróleo no Ártico. Entre os acusados está a bióloga brasileira Ana Paula Maciel.
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Embora as causas para a transferência não tenham sido divulgadas, a BBC especula que as autoridades moveram os ativistas devido às condições ruins da prisão de Murmansk. Os detidos reclamavam constantemente do frio dentro das celas e da péssima infraestrutura do local. Além disso, o sistema judicial de Murmansk apresentou sérias dificuldades para encontrar tradutores para os detidos. Algumas audiências de apelação, incluindo a de Ana Paula, tiveram de ser adiadas por causa das falhas na comunicação.
Os ativistas serão levados até São Petersburgo em um trem e deverão chegar na cidade no sábado à noite. Todos os membros do Greenpeace envolvidos no protesto contra a Gazprom enfrentam acusações de vandalismo, cuja pena máxima é de sete anos de prisão. Anteriormente, as autoridades russas haviam acusado os militantes de pirataria, mas alteraram o processo em 23 de outubro. O grupo ambiental nega que eles tenham cometido qualquer crime e busca apoio internacional para conseguir a liberdade imediata dos ativistas.